A expectativa do diretor da empresa, Juliano Rastelli, é iniciar o uso comercial da rede até agosto. “Vamos vender pacotes de acesso à banda larga fixa, sem fio, mas estudamos também ter serviços de telefonia móvel”, comenta.
O provedor comprou licenças para explorar a frequência de 2,5 GHz em 54 cidades. Ele pretende levar a cobertura para todas até o fim do ano, o que significará triplicar sua atual área de cobertura. Pelo edital do leilão, as empresas que obtiveram as outorgas precisam ativar suas redes até o final do ano. Quem não conseguir, deve pleitear uma prorrogação do prazo.
Ouro Fino e Inconfidentes
O núcleo da rede usa software da campineira TIP. O fornecedor do hardware é a ZTE, que instalou ERBs nas cidades de Ouro Fino e Inconfidentes, sobre backhaul de fibra óptica pré-existente do provedor. A ZTE também participou do projeto fornecendo serviços de design de redes, medição do tráfego de usuários e da área de cobertura, além de equipamentos, capacitação de equipe e transferência de conhecimento das tecnologias utilizadas, para que a provedora possa operar todo o sistema de forma independente.
Para a fabricante chinesa, o projeto é importante. Se bem sucedido, a ajudará a crescer no segmento dos provedores regionais, chamados por ela de Small & Medium Telecommunications Operators (SMTOs). Esse segmento corresponde a 20% do faturamento global da ZTE.
“Estamos direcionando nossa participação no mercado de SMTOs no Brasil para estarmos em conformidade com a estratégia global da ZTE. Sabendo que os provedores regionais correspondem a aproximadamente 30% do mercado de telecomunicações no país, a ZTE enxerga um grande potencial de crescimento nessa área”, diz Silvio Severin, gerente de contas da fabricante no Brasil.