O total captado pela Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) decresceu 2,3% (sem contar a inflação) entre 2011 e 2018. O Sudeste respondia por 77,3% do total em captado em 2018.
Já Agência Nacional de Cinema, órgão responsável pelo financiamento ao setor audiovisual, praticamente triplicou sua participação e foi o mais representativo no total da esfera federal em 2018. O aumento do orçamento da Ancine veio de arrecadação de teles, iniciada em 2012 (Lei 12.485/2011) e o consequente crescimento do Fundo Setorial do Audiovisual, destinado ao investimento nessa área.
É o que mostra o Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIC) 2007-2018, estudo que, em sua quarta edição, consolida informações de diferentes pesquisas do IBGE, divulgado nesta quinta-feira, 5. O levantamento aponta que o Índice de Preços da Cultura (IPCult) cresceu 1,7% em 2018, ficando abaixo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com alta de 3,8%.
De acordo com o IBGE, O setor cultural ocupava, em 2018, mais de 5 milhões de pessoas, considerando os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), representando 5,7% do total de ocupados no país. Mais da metade eram mulheres (50,5%), pessoas de cor ou raça branca (52,6%) e com menos de 40 anos de idade (54,9%). Além disso, se comparado ao total das ocupações, o percentual daqueles com nível superior era maior (26,9% no setor cultural ante 19,9% no total de ocupados).
Entre 2007 e 2017, a participação das empresas culturais no valor adicionado caiu de 12,2% para 10,1%. A maior parte do valor adicionado das atividades culturais foi gerado nas atividades indiretamente ligadas à cultura para as empresas dos três setores econômicos. No valor adicionado da Cultura, a participação dos serviços atingiu 80,0%, em 2017; o comércio participava com 10,8% e a indústria de transformação com 9,2%.