Antes do estabelecimento dos cartórios no Brasil, o papel e a tinta eram itens disponíveis apenas para pessoas das classes mais altas, e os computadores provavelmente não faziam parte dos sonhos nem das mais visionárias criaturas. Até essa época, fazer negócios e cumprir acordos dependia exclusivamente da confiança entre as partes envolvidas. De muita confiança. É daí que ouvimos falar da expressão “no fio do bigode”, que é curiosa e, ao mesmo tempo, bem significativa, já que os acordos eram feitos com base na palavra empenhada e com o ritual de retirada de um fio do próprio bigode. Para os nossos antepassados, homem que era “homem” (ou seja, adulto) usava bigode e, para usá-lo, tinha que honrar essa condição de homem – em outras palavras, tinha que ser cumpridor de seus compromissos, custasse o que custasse.
Com o passar do tempo, surgiram as primeiras fraudes e, na década de 1970, a “lei de Gerson” começou a ditar as regras nas transações comerciais. O lema “Leve vantagem você também!” foi levado às últimas consequências, fazendo com que os processos ganhassem complexidade e se tornassem cada vez mais lentos. Afinal, era preciso combater os espertalhões. E, assim, os bons homens passaram a pagar pelos maus, pois o que era simples se tornou algo muito burocrático.
Ainda bem que nos últimos 250 anos o mundo vivenciou avanços consideráveis. E hoje temos à disposição uma variedade de documentos para atestar nossas identidades, informações e intenções. Para quem busca segurança do processo, isto é perfeito. Mas, analisando sob a ótica do usuário, evitar as fraudes pode prejudicar essa experiência, pois tudo ficou mais moroso. Ou seja, esses comprovantes e a consequente burocracia envolvida incomodam, pois perdemos muito tempo no vai e vem de papéis, atestados e certidões. Nesses momentos de desânimo, dá saudade dos tempos do “fio do bigode”, em que apenas a palavra dada já bastava.
Só que o que muita gente nem imagina é que, da mesma forma que o coador de pano, as vitrolas e os discos de vinil ganharam popularidade entre as gerações mais recentes (num bem-sucedido resgate do bom e velho vintage), a tecnologia também nos possibilita viajar no tempo, fazendo com que a palavra tenha valor e com total segurança para todos os envolvidos.
Quando falamos em cultura de inovação, costumamos usar o “e se…?” (ou “what if…?) como um impulsionador. Sempre buscamos o melhor de cada coisa, dentro do melhor cenário, a fim de alcançar os melhores resultados. Então, se queremos estreitar a relação digital com os consumidores, cabe aqui algumas perguntas: e se fosse possível resgatar o fio do bigode novamente? E se pudéssemos apenas falar e termos a certeza da confiança como antes? E se a tecnologia nos ajudasse a resgatar esse método que, embora antigo, é muito mais prático – e menos burocrático, moroso e trabalhoso? A boa notícia é que a resposta para todos esses “e se…?” é bem simples!
Graças à Inteligência Artificial (IA), conseguimos resgatar a experiência simples com segurança e, ao mesmo tempo, desburocratizar processos antes tidos como intermináveis, verificando se o cliente é, de fato, ele mesmo, a vontade do cliente e armazenando suas evidências para futuras negociações. Ao criar o iGree, a Neo disponibilizou para o mercado o melhor e mais avançado recurso de liveness detection, porque, além do reconhecimento facial, nossa ferramenta permite que seja gravado um vídeo, para provar que realmente é o consumidor que está fechando aquele contrato, além de detectar se o acordo está sendo feito com o seu consentimento.
Resgatar o poder da palavra e ter facilidade para “assinar” contratos por vídeo-self, sem sair de casa, gera segurança para quem negocia, comodidade para quem compra e agilidade para o processo como um todo. “Se para um bom entendedor, meia palavra basta”, com o iGree retomamos não só a prática do “fio do bigode”, mas também o da palavra empenhada, e com a tecnologia fornecendo total segurança no processo. E é com muito orgulho que já ajudamos milhares de consumidores e empresas não só a fechar bons negócios, como também a estreitar laços entre as partes, solidificando a confiança e promovendo a fidelização. Quase como um “De volta para o passado”, mas com toda comodidade oferecida pela inovação, um jeito de retrô com a segurança do presente e a inovação rumo ao futuro, que é a marca registrada da Neo.
* Head de produto da Neo