Rafel Bucco
do Tele.Síntese
“É preciso focar na experiência do usuário. A rede é a força motriz da era do vídeo, mas a percepção do consumidor recai sobre o conteúdo, a qualidade da imagem, a percepção de dados ilimitados. O consumidor não percebe Mbps, Gbps, MB, GB, métricas muito intangíveis. As operadoras precisam migrar do modelo de tráfego de dados e velocidade para qualidade da experiência”, defendeu.
Não é de hoje que Huawei defende tal posição. A companhia chinesa criou em 2014 um índice capaz de avaliar a qualidade de transmissão pela internet (chamado vMOS), que mede não só velocidades, mas também a experiência do usuário.
“O tráfego em vídeo se tornou um serviço básico, e é um mercado trilionário. No ano passado, a receita mundial com VOD na América do Norte foi 1,5x maior que as bilheterias dos cinemas. O ARPU dos serviços de vídeo foi 2x maior que o ARPU dos serviços apenas de banda larga”, destacou. O fenômeno continuará a evoluir. Ano passado, 25% das receitas das operadoras, no mundo, teve origem no vídeo, ante 50% em dados. Para 2020, a proporção passará a 50% e 70%, segundo seus cálculos.
*O repórter viajou a convite da FS