A Huawei, em colaboração com o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), lançou um white paper intitulado “Segurança Cibernética em Redes de Banda Larga Fixa”. O documento aborda a crescente ameaça cibernética enfrentada por provedores de serviços de Internet (ISPs), com foco na proteção de suas infraestruturas de rede, essenciais para a conectividade em pequenas e médias cidades.
No Brasil, a maioria dos municípios é atendida por pequenos ISPs, que, apesar de sua importância para a conectividade local, enfrentam dificuldades relacionadas à segurança cibernética. Com equipes focadas na manutenção da rede, esses provedores costumam negligenciar práticas de segurança robustas, ficando vulneráveis a ataques cibernéticos. O white paper propõe medidas para ajudar esses provedores a identificar e mitigar riscos, garantindo uma operação segura e eficiente.
Desafios para a segurança
O cenário atual para os ISPs inclui uma série de desafios relacionados à interoperabilidade entre diferentes tecnologias de acesso, como redes WiFi e GPON (fibra óptica). A necessidade de integrar produtos de múltiplos fornecedores aumenta a complexidade na gestão da segurança, tornando crucial o desenvolvimento de soluções específicas para cada tipo de infraestrutura.
Marcelo Motta, diretor de Cibersegurança da Huawei, explica, “Este white paper reflete nosso compromisso em capacitar os ISPs para lidar com o crescente número de ameaças cibernéticas. A segurança não é uma questão isolada; ela deve estar integrada ao desenvolvimento de produtos e à operação das redes”.
Os provedores enfrentam um ambiente em que as ameaças estão cada vez mais sofisticadas, exigindo ferramentas e conhecimentos especializados que, muitas vezes, não estão ao alcance de pequenos operadores.
Estratégias
O white paper sugere que os ISPs adotem uma abordagem proativa para a cibersegurança, investindo em campanhas de conscientização para os usuários finais. Essas campanhas incluem orientações sobre práticas como a atualização frequente de senhas, a verificação de certificados digitais e a identificação de tentativas de golpes por e-mail e redes sociais. Segundo o professor Guilherme Pedro Aquino, do Centro de Segurança Cibernética do Inatel, “a gestão segura de ativos e acessos é essencial para fortalecer a resiliência contra possíveis ameaças”.
Além disso, a publicação destaca que, com a chegada da tecnologia 5G, novos desafios de segurança surgem. Redes privadas 5G, por exemplo, oferecem maior controle e segurança, mas requerem abordagens específicas para mitigar riscos relacionados à comutação de pacotes e ao uso de redes heterogêneas.
Em suma, o white paper enfatiza a importância de uma abordagem integrada, que vai desde o desenvolvimento seguro de produtos até a operação segura das redes, visando garantir a proteção da infraestrutura crítica dos ISPs e a segurança de seus usuários finais.
(Com assessoria de imprensa)