Luiz Minoru, diretor de Estratégia e Novos Negócios da empresa, explicou hoje, 25, em live do Tele.Síntese, que a estratégia é competir por espectro a fim de oferecer seu uso de maneira neutra no mercado móvel. Dessa forma, tanto ISPs, quanto operadoras que já estão no mercado celular, poderão contratar o serviço.
“É importante esclarecer que a Highline não visa fazer consórcio com os ISPs. A Highline quer ser independente e fornecer infraestrutura para todos, pequenos ou grandes empresas. Não existe essa condição de estar entrando em consórcio com alguém”, afirmou.
Espectro para MVNOs
O executivo contou que a participação no leilão ainda depende da divulgação definitiva do edital final – atualmente as regras do certame passam por avaliação no TCU, que poderá recomendar alterações à Anatel. Confirmadas as regras, a empresa pretende ou comprar espectro, ou se colocar à disposição dos compradores para investir em infraestrutura por eles.
“Vemos com bons olhos a possibilidade de competir por espectro. Ter o site, o espectro, e oferecer para múltiplos operadores poderem usar. Eu vou manter o site ativo, e se cair, tiver vandalismo, eu vou recuperar. Meu trabalho, manter a rede ativa para todos”, avisou. Ponderou, porém, que para isso acontecer, é preciso antes fechar contratos de compromisso com clientes dessa rede móvel.
A ideia é permitir que os interessados na frequência se tornem operadores móveis virtuais a partir da rede móvel neutra construída pela Highline. “Nosso interesse não é comercializar espectro. Nós seriamos o provedor, e eles seriam MVNOs, uma vez que os compromissos do edital podem ser atendidos por terceiros”, ressaltou.
Dinheiro, há
Ele disse ainda que, mesmo sem participar diretamente do leilão, o grupo está capitalizado e pode ser um instrumento para a expansão da infraestrutura mediante acordos e parcerias.
“Os ISPs não querem um sócio como a gente. Querem um provedor de serviço de infraestrutura. Adquirindo espectro, vai haver obrigação de construir rede. Quem for no leilão e fizer a aquisição, pode usar a Highline como alternativa. Estamos capitalizados e com interesse em prover a parte passiva e os eletrônicos da rede”, afirmou.
Por fim, Minoru lembrou que os compromissos de cobertura do edital do 5G são pesados, e a modelagem baseada em parceria e compartilhamento de infraestrutura terá o condão de acelerar a expansão das redes e reduzir a pressão sobre os custos das operadoras, permitindo que foquem em serviços inovadores.
“A gente vai passar com o 5G a uma era onde o serviço de conectividade será embutido em outros. O carro vai ter conectividade, aplicativos de fintechs, de educação, realidade virtual terão o custo de conectividade embutidos. E isso tudo fará com que a demanda por dados exploda”, concluiu.