Globo apresenta protótipos e demonstra funcionalidades da TV 3.0


Primeira demonstração pública do padrão de TV 3.0 completo
A Globo fez uma demonstração do padrão de TV 3.0 | Foto: Tele.Síntese
Primeira demonstração pública do padrão de TV 3.0 completo
A Globo fez uma demonstração do padrão de TV 3.0 | Foto: Tele.Síntese

Na terça-feira, 6, a Globo demonstrou como será a TV 3.0 que está sendo desenvolvida em parceria com outras empresas e o Fórum Brasileiro de TV Digital Terrestre. Entre as novidades anunciadas, estão imagens com definição 4k e 8k, áudio imersivo, programação segmentada por usuário ou geograficamente, interação com streaming e interatividade.

De acordo com a gerente de telecomunicações da Globo, Carolina Duca Novaes, a TV aberta passará a ser vista como um aplicativo a partir do lançamento da TV 3.0, tentando aproximar-se do streaming. “A ideia é começar a mudar a forma como se trata TV aberta, no quesito tecnologia. Até então era completamente diferente do streaming, visto que a convergência desses mundos era complexa. Agora, a ideia é trazer os elementos técnicos que eram nativos do streaming para a TV aberta para convergir estes universos”, explicou.

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Todos os recursos citados, segundo a Globo, estarão disponíveis quando a TV 3.0 surgir de fato. A previsão para que isso aconteça é a partir de 2026. As questões regulatórias e comerciais por parte das emissoras podem alterar a data prevista. Eles demonstraram os protótipos utilizando sinais dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Mais novidades

Raymundo Barros, presidente do SBTVD e diretor de tecnologia da Globo citou mais algumas delas. “Outra inovação importante é o áudio deixar de ser um conjunto de canais. A empresa produtora de conteúdo manda para você um áudio baseado em objetos com base em uma mixagem decidida pelo responsável e que você pode enriquecer. Ou seja, você pode isolar determinado som, como um surdo de escola de samba durante a transmissão de um desfile de Carnaval”, explica.

Além disso, Barros disse que a está sendo avaliada a ideia da criação de uma antena compacta para o aparelho. Que seja externa, acoplada no aparelho, ou interna. Um dos motivos é pelo fato das grandes cidade não terem uma estrutura que supre essa demanda. Além disso, o diretor ainda pontuou que prédios novos, sequer são pensados com estruturas para receber antenas externas hoje em dia, então a ideia é que a TV 3.0 funcione como um “grande smartphone grudado na parede”, disse Barros.

“Estamos falando de um televisor que tem uma antena built-in, que fica dentro do aparelho. Mas, além disso, outra opção é uma antena plug-in,  e viria  junto com o televisor, dentro da caixa. Mas, isso envolve toda uma discussão com outros elementos do ecossistema da TV 3.0 com os fabricantes”, disse.

O diretor afirmou que a Anatel pode conceder as permissões para a implementação das estações da TV 3.0 até o ano que vem.. Assim, “além da estação piloto cuja forma de financiamento ainda está sendo discutida, a Globo pretende no ano que vem ter estações piloto no Rio e em São Paulo, com investimento próprio, se necessário”.

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