Segundo a consultoria, até então, os resultados mais expressivos tinham ocorrido em 2015 e 2011, quando 15 acordos, respectivamente, foram fechados. A despeito do recorde da década, registrado no ano passado, o mercado de telecomunicações segue aquecido em 2021, haja visto que até maio já foram registradas nove transações, número superior aos apurados em 2018, 2017 e 2016.
Sócio da RGS Partners, Fábio Jamra observa que a pandemia acentuou ainda mais a necessidade das pessoas por banda larga e criou um cenário propício para desencadear a consolidação do segmento a partir de empresas pequenas que cresceram regionalmente e pouco a pouco se tornaram alvo de aquisição.
Os dados do Brasil também refletem o cenário de fusões e aquisições pelo mundo no segmento de telecomunicações. Foram realizadas 430 transações no ano passado. Trata-se da melhor performance desde 2015. Já o volume de recursos transacionados ao longo de 2020, por volta de US$ 182 bilhões, representa o segundo maior montante da década, sendo superado apenas pelos US$ 216 bilhões de 2013.
Com 46%, a Europa responde pela maior quantidade de negócios concluídos dos últimos 10 anos. Em volume de recursos, no entanto, há um equilíbrio. Neste aspecto, o continente europeu aparece com 36%, enquanto Estados Unidos e Canadá correspondem a 37%. A RGS identificou que os compradores estratégicos representam 89% das transações e do valor movimentado entre 2010 e 2020. Além disso, constatou que 70% dos negócios acontecem entre players que operam nas mesmas regiões.
Pelo levantamento, a russa Rostelevom e a americana AT&T lideram o número de transações da última década, com 33 e 24, respectivamente. Em dinheiro transacionado, a liderança fica com Verizon, dos Estados Unidos, que movimentou US$ 142 bilhões. Este resultado foi impactado pela compra de 45% da Verizon Wireless, realizada em 2014, por US$ 130 bilhões. Em seguida, no ranking de tamanho das transações, em volume financeiro, aparecem a T-Mobile, com US$ 84 bilhões.(Com assessoria de imprensa)