O setor de telecomunicações no Brasil apresentou um cenário estável em 2024, com a continuidade na expansão da internet via fibra óptica. Entretanto, o ano trouxe sinais de maturidade ao mercado, especialmente com a redução no ritmo de novas instalações. A expectativa é que 2025 seja um ano de crescimento, impulsionado por novos segmentos como sistemas de segurança e data centers, além de um cenário ainda marcado por fusões e aquisições.
A expansão da fibra óptica no Brasil manteve-se constante ao longo de 2024, principalmente em cidades menores. No entanto, regiões mais remotas, como o Norte, ainda enfrentam dificuldades. De acordo com Sebastião Rezende, gerente de engenharia da Fibracem, o país passou por um período de capilaridade nas redes de fibra, mas 2024 trouxe uma desaceleração nesse movimento. “Hoje, até cidades pequenas já possuem uma boa cobertura de internet via fibra, o que há anos era impensável”, comenta.
Por outro lado, o setor também enfrentou desafios, como a saída de grandes fabricantes do Brasil e o impacto de medidas protecionistas, como o antidumping para cabos ópticos, que aumentaram os custos operacionais para os provedores. Segundo Rezende, esses fatores contribuíram para uma retração em novos investimentos. Contudo, algumas empresas aproveitaram o momento para diversificar suas ofertas, focando em produtos de maior valor agregado.
Expectativas para 2025
O mercado de fusões e aquisições no setor de provedores de internet (ISPs) deve continuar sendo um ponto de destaque em 2025, com potenciais negociações envolvendo grandes operadoras e fundos de investimentos estrangeiros. “Essa onda de fusões e aquisições, mesmo que em uma quantidade menor, deve se destacar principalmente por conta dos altos valores das transações que devem ser praticados a partir de agora”, afirma Rezende.
Além disso, o setor de telecom aposta em novos segmentos para 2025, como sistemas de segurança baseados em CFTV (circuito fechado de televisão) e o crescimento de data centers no Brasil. “Outro segmento em alta é o de data centers, que vêm ganhando cada vez mais espaço no Brasil graças à matriz energética abundante e relativamente barata, fatores que posicionam o país como um forte candidato a se tornar um polo global nessa área”, conclui Rezende.
(Com assessoria de imprensa)