Os números da banda larga fixa reunidos no relatório anual divulgado hoje, 25, pela Anatel, mostram mais que a expansão de marcado dos provedores regionais. Indicam que a o ritmo de ativação de redes de fibra óptica em novas cidades vem caindo ano a ano desde 2016.
Naquele ano, 538 cidades receberam redes com fibra. Já em 2017, foram 226. E ano passado, mais 138 cidades se juntaram à lista das que são cobertas, ao menos em algum ponto, com alguma tecnologia óptica. Ao final de 2018 havia no país 3.589 cidades com redes de fibra, de um universo de 5.570 municípios.
Em termos populacionais, 89,4% dos brasileiros vivem nas cidades com alguma rede em fibra, enquanto 10,6% vivem onde a tecnologia não chega. Os estados com maior densidade de fibra são Acre, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, além do Distrito Federal, todos com 80% a 100% de cidades cobertas. O mais mal servido é o Piauí, com menos de 20%.
Os dados dizem respeito à infraestrutura de transporte (backhaul). A Oi é de longe a operadora com rede de maior alcance. A operadora tem fibra instalada em 2.235 cidades. A rede óptica da Vivo chega a 1.214 cidades, enquanto os provedores regionais reunidos na Abrint estão em 993 municípios.
Fibra também cresce nos acessos domésticos
Com a rede de transporte adaptada, as operadoras investem mais também na última milha. As tecnologias baseadas em fibra para entrega da banda larga fixa mais que dobraram em participação de mercado desde 2016. Naquele ano, a fibra era responsável por cerca de 7,2% dos acessos. Ao final de 2018 já detinha 18,5%. O Brasil tinha 31,05 milhões de assinantes de banda larga.
O crescimento da base de acesso em fibra se deu em detrimento da base de cabos metálicos (que inclui Ethernet, PLC e xDSL). Estes eram 50% das conexões em 2016, passaram a 42% em 2018. Apesar da queda, continuam a ser a tecnologia predominante no país. Também houve ligeira queda na base que usa tecnologia de cabo coaxial, que tem 30,6% do mercado.
Outra tecnologia com evolução notável foi a satelital. Embora ainda proporcionalmente pequena (0,6% de share) frente os demais acessos fixos, o satélite mais que dobrou sua base, crescendo 174,7% desde 2016. Um reflexo do leilão de posições orbitais realizado pela Anatel em 2015, que resultou com o lançamento de produtos em banda Ka por aqui.