No Reino Unido, vem se observando ataques aos sites, incêndios e até sabotagem de estruturas, que prejudicam o trabalho dos engenheiros e técnicos de manutenção. Recentemente, à tecnologia foi atribuída a rápida disseminação do novo coronavírus. Vídeos e textos nas redes sociais disseminaram essa teoria da conspiração, que não passa de bobagens. Outra teoria sem comprovação liga o 5G à morte de pássaros.
Para o superintendente de Outorgas e Recursos à Prestação da Anatel, Vinicius Caram, tudo não passa de informações equivocadas. Segundo ele, assim como as demais frequências usadas, o 5G passou pelo crivo dos testes técnicos, que são realizados de forma muito séria.
“Tem a Resolução 700 da agência, que traz o regulamento sobre a Avaliação da Exposição Humana a Campos Elétricos, Magnéticos e Eletromagnéticos Associados à Operação de Estações Transmissoras de Radiocomunicação. A norma estabelece os limites recomendáveis de exposição de acordo com a potência da transmissão”, afirma Caram.
No caso do 5G, a potência de transmissão chega a 0,3 watts por quilo, enquanto o recomendável pode ser de até 2 watts por quilo. “Por todos os estudos que se tem conhecimento, nada comprova o prejuízo à saúde trazido pela tecnologia”, ressalta o superintendente.
Caram sustenta que a segurança que preocupa é a cibernética, mas essa tem sido preservada pelas três fabricantes mundiais de equipamentos do 5G: Ericsson, Huawei e Nokia. Essas empresas são responsáveis em garantir a qualidade das redes e a proteção dos dados e informações que trafegarão por elas.
“Esses equipamentos devem estar em linha com a Lei Geral de Proteção dos Dados ([LGPD] e não permitir vazamentos”, afirma Caram. Com esse entendimento, não vê motivo para restrições aos fabricantes que cumprirem as exigências.