
Segundo o executivo, apesar do impacto sofrido, a empresa ainda consegue manter operações na região. O mesmo não ocorre com provedores menores, que têm sido obrigados a encerrar atividades em áreas controladas por grupos criminosos. “O maior prejuízo está sendo entre os pequenos provedores”, afirmou.
A Brisanet diz estar em diálogo com autoridades locais e com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para buscar alternativas de proteção da infraestrutura de rede em bairros sob influência de facções.
Expansão móvel e parcerias com ISPs
A empresa também atualizou sua estratégia para a rede móvel. A partir de 2026, pretende ampliar a atuação no Centro-Oeste usando parcerias com provedores regionais e operadoras de rede neutra, aproveitando infraestrutura já instalada. Segundo Nogueira, a expectativa é que esse modelo permita uma implantação mais rápida do que a realizada no Nordeste.
Hoje, a Brisanet já opera com rede própria em Fortaleza, Natal e João Pessoa. Até o fim de 2025, a companhia pretende ativar o serviço em pelo menos mais três capitais nordestinas e expandir simultaneamente no interior da região.
Interesse no leilão de 700 MHz
A operadora sinalizou interesse em participar do próximo leilão da Anatel, que vai ofertar a faixa de 700 MHz. Nogueira defendeu que a faixa seja ofertada por um valor inferior ao de 2021, alegando que fatores econômicos e de mercado reduziram seu valor de uso. O posicionamento está alinhado ao discurso recente do presidente da Anatel, Carlos Baigorri.
Mini data centers e torres exclusivas
Outro tema abordado foi o uso dos mini data centers da Brisanet, espalhados por cidades do Nordeste. Embora veja potencial de receita futura com o compartilhamento desses equipamentos, a empresa afirmou que o foco no momento está na ampliação da rede 5G.
Sobre as torres de telecom construídas pela empresa, a decisão é de uso exclusivo. “Não vamos trazer concorrentes para a nova torre”, disse o executivo, ao justificar que a empresa lidera em número de sites novos no Nordeste.
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