O vice-presidente da distribuidora também destacou que há empresas contratadas com a distribuidora que fazem instalações à revelia, ou seja, sem autorização. “Ele tem um contrato cá, mas começou a construir uma rede lá sem autorização”, identificou.
O executivo defendeu punição mais forte para aqueles que instalam os cabos de telecomunicações sem qualquer licença ou autorização da concessionária. “Estão delinquindo, invadindo propriedade privada,na medida em que entram nos postes sem autorização, criam concorrência desleal com os operadores regulamente instalados e colocam em risco a população”, reclamou o executivo, citando que os clandestinos até se envolvem em casos de acidente com morte. “O acidente corre solto. Precisa ter uma regulação forte. Tem que haver a punição. Fica todo mundo escondido na clandestinidade. O fio pretinho cilíndrico é de quem é ? É de qualquer um”, acrescentou, recomendando a cassação da outorga das empresas envolvidas nos delitos.
Ao falar sobre infraestrutura compartilhada, Simonaggio mostrou a foto de vários veículos com operários à espera da conclusão do serviço que empregados da Enel estavam fazendo em um poste para em seguida reinstalar os cabos não autorizados. “Não há responsabilização. A empresa coloca a sua rede e esquece da vida. Ninguém tem call center para ouvir o consumidor. Não acontece nada”, pontuou.
Por isso, explicou que a Enel tem combatido as invasões com o corte das redes ilegais instaladas em seus postes. Mas isso tem se mostrado ineficiente porque, logo em seguida, os fios voltam a ser instalados. Há uma resolução da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que determina o corte dos fios ilegais, mas cujos efeitos o executivo considera longe do desejável.
(Por Abnor Gondim)