No entanto, o ritmo atual de formação dos estudantes ainda não dá conta da demanda do mercado. Para a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação de Tecnologias Digitais (Brasscom), o país deve registrar mais de 670 mil novas vagas até 2025. Parece muito, mas a conta ainda não fecha, pois são formadas cerca de 46 mil pessoas por ano na área de TI, enquanto há demanda para 70 mil profissionais.
Para melhorar os índices de retenção de talentos, a Asper, empresa de tecnologia que atende os segmentos de cibersegurança, observabilidade e infraestrutura, incluiu em seu plano de carreira para profissionais seniores a possibilidade de atender, como consultores independentes, outras empresas, de uma maneira flexível e transparente.
“Estamos em um momento no qual os profissionais de tecnologia estão sendo muito requisitados e, por isso, é preciso oferecer além de uma boa remuneração, uma nova flexibilidade, antes mal vista nas empresas”, comenta Alexandre Banzatto, vice-presidente de Operações da Asper. “Se o profissional consegue entregar o que é esperado e tem organização para atender múltiplas demandas, é vantajoso trazê-lo para o time”.
Para além da oferta de maior flexibilidade, a Asper tem investido na formação de cultura corporativa. Uma das questões mais debatidas são as condições para o trabalho híbrido e o incentivo a participar do dia a dia da empresa. Para o executivo, esse tipo de oferta, que dá ao profissional a possibilidade de estar também na sede física, tem sido mais atraente para certos tipos de perfis do que a modalidade 100% em teletrabalho. “Observamos que arquitetos de soluções e consultores, especialmente com mais tempo de carreira, sentem falta da proximidade com os colegas no ambiente corporativo, onde podem ensinar e trocar experiências.
No caso de profissionais de cibersegurança em início de carreira, isso é ainda mais importante para desenvolver não apenas o conhecimento técnico, mas também os soft skills, importantes para qualquer tipo de trabalho que demanda interação e capacidade de diálogo”, prossegue Banzatto.
“Ainda que muitos elementos estejam fora da nossa mão como empresa contratante, podemos olhar dentro da corporação e criar benefícios de curto, médio e longo prazo. A empresa deve ser um local de estabilidade, crescimento profissional e qualidade de vida”, explica o executivo da Asper.
Na opinião de Banzatto, além do crescimento sustentável, também deve haver estrutura para o caminho após o “boom” de demanda por profissionais de TI, principalmente depois da pandemia, que acelerou ainda mais esse processo. “Tudo para que, quando chegarmos à estabilização do mercado, as boas empresas e seus talentos não tenham que pagar a conta do desequilíbrio causado por essa competição desenfreada”.(Com assessoria de imprensa)