EAF estuda ampliar número de cabos para aprimorar resiliência das infovias


EAF estuda ampliar número de cabos para aprimorar resiliência das infovias
Antônio Parrini, COO da EAF, fala sobre desafios das infovias no Futurecom 2024 | Foto: Tele.Síntese
EAF estuda ampliar número de cabos para aprimorar resiliência das infovias
Antônio Parrini, COO da EAF, fala sobre desafios das infovias no Futurecom 2024 | Foto: Tele.Síntese

A Entidade Administradora da Faixa (EAF) – Siga Antenado – responsável pela construção das infovias que compõem a fase atual do projeto Norte Conectado, estuda formas de ampliar a resiliência da infraestrutura, diante dos fatores climáticos. Uma das alternativas em estudo é alterar a topologia dos cabos a serem lançados nas próximas fases.

“O projeto de infovia é uma rede de topologia que a gente chama de ‘topologia em estrela’, ou seja, ela é unifilar. Se tiver um rompimento, o serviço é perdido. […] Então, estamos pensando em soluções alternativas. [Por exemplo], ao invés de lançar um cabo com 24 pares [como é atualmente], lançar dois cabos, com 12 pares cada um”, contou Antônio Parrini, COO da EAF, ao Tele.Síntese.

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Parrini participou de debate sobre a implantação e manutenção de cabos subfluviais durante o Futurecom, evento que reúne representantes do setor público e privado nesta semana, em São Paulo. O projeto das infovias apresenta desafios diferentes, por passar por rios que cortam a região Norte do país, com diferentes condições de navegabilidade ao longo do ano.

“O principal desafio é um fator externo, que é o fator climático, a seca. Se um rompimento acontece no mar, por exemplo, você consegue chegar para reparar. Mas se você pega uma seca dessa no Rio Solimões, se romper, para chegar e reparar vai ser muito difícil”, explicou Parrini.

A relevância em estabelecer medidas para a melhoria da robustez da rede impacta na efetividade do projeto. “Como as localidades da região Norte não têm muitas redes, se a nossa rede tiver um rompimento, o serviço para”, exemplificou o COO da EAF.

Monitoramento

Atualmente, o monitoramento da infraestrutura ocorre a partir de parceria com a Padtec. Ela atuará nas Infovias 02, 03 e 04.

A Infovia 03, que liga Belém (PA) a Macapá (AP), foi concluída em junho deste ano. A infovia 02 (de Tefé-AM a Atalaia do Norte-AM) e 04 (de Vila de Moura-AM a Boa Vista-RR), conforme o cronograma inicial, já estariam prontas. No entanto, em decorrência da seca e da demora na emissão do licenciamento ambiental, ainda aguardam melhores condições de navegabilidade para o lançamento dos cabos.

A Padtec monitora os cabos a partir de um centro de gerência instalado em Campinas (SP). A comunicação ocorre via satélite ou pela própria fibra, possibilitando a identificação da localidade de eventuais incidentes na infraestrutura.

O contrato com a Padtec é de dois anos, e a manutenção do monitoramento dependerá da gestão que será repassada ao governo nos próximos anos.

Caso a mudança na topologia se estabeleça, será implementada a partir da Infovia 05, que liga Autazes (AM) a Porto Velho (RO). As próximas rotas passarão nos rios Tapajós, Xingu e Tocantins.

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