No Instagram, o conteúdo de ódio acionado aumentou de 808,9 mil posts no primeiro trimestre de 2020 para 3,3 milhões no segundo trimestre de 2020, impulsionado pela expansão das tecnologias de detecção proativa para os idiomas inglês e espanhol. “Nossa taxa proativa aumentou de 44,5% para 84,2% pelo mesmo motivo”, afirma a rede social.
Já as contas falsas diminuíram de 1,7 bilhão, no primeiro trimestre para 1,5 bilhão, entre abril, maio e junho. Mesmo assim, segundo o Facebook, representaram aproximadamente 5% dos usuários ativos mensais.
Os números fazem parte do sexto Relatório de Aplicação dos Padrões da Comunidade, divulgado nesta terça-feira, 11, pelo Facebook. O relatório, que até a versão anterior era semestral e a partir de agora será divulgado trimestralmente, busca trazer transparência ao esforço da empresa na área de moderação de conteúdo.
O relatório traz métricas sobre o trabalho de combate a conteúdos nocivos em 12 diferentes áreas no Facebook (como discurso de ódio, nudez adulta, spam, contas falsas, entre outras) e 10 no Instagram. Vale lembrar que o tema da transparência na moderação de conteúdo online está em pauta aqui no Brasil no PL 2630/2020, da Fake News, que está atualmente em discussão no Congresso Nacional.
O Facebook define discurso de ódio como discurso violento ou desumanizador, declarações de inferioridade, apelos à exclusão ou segregação com base em características protegidas ou calúnias. Essas características incluem raça, etnia, nacionalidade, afiliação religiosa, orientação sexual, casta, sexo, gênero, identidade de gênero e deficiência ou doença grave. Quando a intenção é clara, podemos permitir que as pessoas compartilhem o conteúdo de discurso de ódio de outra pessoa para aumentar a conscientização ou discutir se o discurso é apropriado para uso, para usar calúnias autorreferencialmente em um esforço para recuperar o termo ou por outros motivos semelhantes.