A Desktop auferiu lucro líquido ajustado de R$ 48 milhões no terceiro trimestre, alta de 19% na comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme balanço financeiro divulgado nesta quarta-feira, 6.
Sem levar em conta efeitos pontuais, o lucro líquido teve baixa de 31%, ficando em R$ 24,4 milhões. O provedor paulista informou que a cifra foi pontualmente pressionada pela “sobreposição de dívidas no período”, citando a conclusão das sexta e sétima emissões de debêntures. Somados, os títulos representam um montante de R$ 1 bilhão.
“Parte desse montante já foi utilizado para o pré-pagamento de aproximadamente R$ 300 milhões em dívidas com prazos mais curtos e spreads maiores, e a Companhia segue avaliando movimentos adicionais junto aos bancos”, indicou a Desktop.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado totalizou R$ 147 milhões, avançando 15% na comparação anual e 2% em relação ao trimestre imediatamente anterior. A margem cresceu 1 ponto percentual ante o terceiro trimestre de 2023, para 51%.
A Desktop encerrou o terceiro trimestre com uma dívida líquida de R$ 1,4 bilhão, alta anual de 13%. A relação Dívida Líquida/EBITDA Proforma Anualizado do provedor foi de 2,4x, em linha com o terceiro trimestre do ano passado e o segundo deste ano.
Receita e base
A receita líquida da Desktop cresceu 13% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, alcançando R$ 288 milhões. Houve alta de 3% em relação ao segundo trimestre deste ano.
No período de julho a setembro, o provedor registrou a adição líquida orgânica de 31 mil assinantes, um aumento de 33% em relação ao mesmo intervalo de 2023. A empresa informou que tem mantido “uma média mensal superior a 10 mil novos clientes”.
A base de assinantes totalizou 1,1 milhão ao fim de setembro, alta anual de 11%. Já as casas passadas (residências que podem contratar o serviço de banda larga) chegaram a 4,4 milhões, avançando 2% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.
A rede da Desktop está disponível em 186 cidades do interior do estado de São Paulo, três a mais do que há um ano. A infraestrutura de rede óptica alcança aproximadamente 54 mil km, sendo 10 mil km de backbone e 44 mil km de rede de acesso de FTTH.