O primeiro ISP a contratar a MVNO da Arqia foi a Fonelight, que atua em 23 estados, mas tem sede em Varginha, em Minas Gerais. O provedor também planeja usar os SIM cards 4G em serviços de rastreamento, telemetria e outras aplicações M2M (máquina a máquina) e IoT (Internet das coisas).
Segundo Fuchs, o investimento dos ISPs para ser uma credenciada MVNO fica entre 5% a 7% dos gastos necessários para solicitar uma autorização do serviço à Anatel. “É um custo alto e demora para dar lucro”, afirma o sócio da Arqia.
A Datora foi a primeira das oito MVNOs autorizada no Brasil, em 2009. Levou mais de dois anos para preparar a documentação e requisitos técnicos e entrou em funcionamento em 2013. Hoje, segundo o levantamento do site Teleco, tem 542,6 mil acessos M2M. “É um investimento pesado, mas garante retorno ao final de sete anos”, disse Fuchs.
Com a experiência adquirida, a Arqia dá suporte jurídico e técnico aos ISPs interessados em entrar no mundo da mobilidade. Além disso, possui um modelo flexível de negócios, que serve tanto para os pequenos e médios provedores.
A Datora também se prepara para participar do leilão das frequências para o 5G, especialmente em cidades menores, exatamente para suportar os contratos com ISPs. “Estamos fazendo sugestões à proposta do edital, que está em consulta pública”, salientou.
COVID-19
Atualmente, a Datora colocou 90% de sua equipe em trabalho remoto, em função da pandemia do coronavírus. Além disso, tem feito todo o possível para facilitar a vida dos clientes, inclusive ofertando mais banda.
Com relação à inadimplência, o CEO da Datora é cuidadoso ao comentar que a empresa é sensível aos muitos pedidos de renegociação dos contratos. Mas alerta que a empresa não é grande para suportar um alto índice de pagamentos atrasados.