Em agosto de 2024, o número de pedidos de recuperação judicial atingiu 238, o maior registrado no ano até o momento, de acordo com dados da Serasa Experian. O total representa um aumento de 76,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. As micro e pequenas empresas foram as mais impactadas, respondendo por 183 desses requerimentos.
Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, diversos fatores contribuíram para essa alta nas recuperações judiciais, entre eles as altas taxas de juros, o custo elevado do crédito e a inflação persistente. “A inadimplência crescente dos consumidores afeta o fluxo de caixa das empresas, enquanto a dificuldade no acesso ao crédito limita suas opções de financiamento”, explica Rabi. Ele ainda acrescenta que, com a redução no poder de compra dos consumidores, muitas companhias estão recorrendo à recuperação judicial para reestruturar suas dívidas e continuar operando.
No recorte por setores, o segmento de serviços lidera os pedidos de recuperação judicial, seguido por comércio, indústria e setor primário. O indicador também revelou uma queda de 2,9% nos pedidos de falência, com 100 registros em agosto, sendo a maior parte deles provenientes de micro e pequenas empresas.
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