“Não são as empresas mais fortes nem as mais inteligentes que sobreviverão, e sim as que se adaptarem melhor diante das mudanças”. Esse é o mote principal da Teoria da Evolução das Espécies de Darwin, transportada para a nossa realidade empresarial atual.
Historicamente, mudanças sempre foram a tônica de qualquer período da humanidade. Mais dia ou menos dia elas vão chegar. E aí a célebre frase da Seleção Natural de Darwin cai como uma luva para explicar quem fica e quem sai de cena. E nem sempre será uma ameaça da natureza! Já tivemos vários exemplos: a quebra da bolsa de Nova York em 1929 (que trouxe forte impacto na economia brasileira), o “milagre brasileiro” (crise que se estendeu por toda a década de 1980), Plano Cruzado, Plano Cruzado 2, Plano Collor, Plano Real, Crise do Subprime, etc.
Adaptação é a palavra da vez para garantir a perpetuidade dos negócios! Para quem se preparou durante meses em relação a imprevistos e criou mecanismos de adaptação e sobrevivência (mesmo jamais imaginando uma pandemia nestas proporções), agora ainda está em condições de continuar com o crescimento do seu negócio, ou na pior das hipóteses, está estável diante da crise.
O período de instabilidade que estamos vivendo está trazendo uma necessidade de adaptação e reestruturação de processos para empresas e clientes/consumidores, além de expor a fragilidade de nossa mentalidade empresarial. Culturalmente, quase sempre achamos que o problema só vai acontecer com os outros. Em contrapartida, culturalmente também somos um dos povos mais criativos do mundo, o que nos dá respaldo para reinventarmos nossos negócios e impulsionarmos a retomada da economia aos níveis de antes, após cessar o isolamento social.
A atual situação abriu várias questões que podemos endereçar, dentro e fora das nossas empresas, e que formarão essa nova cultura do pensamento inovador. Criar soluções “à prova de futuro” é o objetivo central. Para isso, vamos entender o que nos rodeia:
- Como a tecnologia está revolucionando esse momento?
- Qual o futuro das empresas que estão testando o modelo Home Office?
- Como será o comportamento dos consumidores pós COVID-19?
- Quais são as tendências para os negócios e o mercado de trabalho?
- Como não ser pego de surpresa, novamente?
- Quantas vezes sua empresa aguenta esse impacto?
- Como estabelecer, planejar e operacionalizar uma área de Gestão de Crise?
- Sua empresa tem uma área que trata de Tendências e Comportamento do Consumidor?
- Seus produtos e serviços são centrados no seu cliente/consumidor?
- Sua marca cria vínculos emocionais com seus clientes/consumidores a ponto deles não te abandonarem diante de uma crise?
- Como as empresas estão se adaptando nos outros Países?
- Quais serão os novos padrões de consumo da Sociedade e dos Negócios?
Se você ainda não pensou nestas questões, ainda dá tempo de se reorganizar. O caos e a inovação sempre andaram juntos. Num exercício livre sobre o futuro e a inovação, o que poderia ajudar a sua empresa num momento delicado como esse?
- Bots – Atendimento automatizado (desde área de vendas, até SAC e outros departamentos);
- AI – Inteligência Artificial (analisando e melhorando os teus entregáveis e a experiência do cliente/consumidor, que aumenta consideravelmente os vínculos emocionais);
- IoT – Automatização já largamente utilizada no exterior, e em expansão no Brasil;
- ISO – Padronização e compliance, para operar em economias globais sem traumas;
- Gestão de Crise – que ativaria o gatilho “CATÁSTROFE”, que deixaria a empresa operacional sem sacrificar colaboradores ou produtos/serviços através de ações pré-estabelecidas;
- Laboratório de Tendências – Área de Inovação que pensa exclusivamente no futuro. Ou na ciência da “causa e consequência”;
Poderíamos elencar vários itens, mas estes já servem para preparar minimamente o terreno para um pensamento mais inovador e adaptativo, voltado para o futuro.
Alguns analistas estão chamando esse episódio de “Reset Global”. Independente de falsos alarmismos ou dura realidade, o fato é que o mundo não vai acabar. E quando essa crise passar, os que estiverem mais preparados vão dominar o Mercado.
*Diretor de Inovação e Marketing da IPv7