O movimento de consolidação no mercado de provedores de internet tende a se manter e até a acelerar, nos próximos anos, é o que prevê o sócio da XP Investimentos Leonardo Moura. Segundo ele, as altas taxas de crescimento da fibra tendem a cair em função da penetração das redes e os provedores terão que procurar outra forma de remunerar o capital e a consolidação, que garanta ganhos de escalas, é um dos caminhos.
Nessa toada, os novos grandes players, que estão capitalizados vão continuar a comprar operações menores e empresas médias devem optar pela associação. Essa movimentação deve atrair os fundos de infraestrutura, avalia Moura.
Para o Managing Director do banco Santander, Valder Nogueira, a consolidação vai acontecer, mas por outros motivos além de aglutinar clientes e redes. “O que deve ocorrer é a criação de ecossistemas em torno desses clientes para oferta de outros serviços, como financeiros, educacionais e de saúde, por exemplo”, afirmou.
O CFO da EB Fibras, Felipe Matsunaga, disse que a empresa está capitalizada e a ambição é de consolidar todo o mundo, para se tornar um grande player. “Acho que vai ter espaço para o pequeno, mas a competição será maior e o ISP precisa decidir onde vai jogar, se competindo ou vendendo”, disse.
Para o sócio do Banco Pactual, Pedro Henrique Fragoso, o advento das redes neutras pode reduzir a necessidade de investimentos dos pequenos. Ele acredita que com essa facilidade de contratar infraestrutura, a competição pode vir de outros atores.
O debate sobre consolidação do mercado de ISP foi promovido pela Revista RTI e mediado pelo CEO da IPv7 e Vispe Capital, Droander Martins.
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