Com alta do faturamento anual na casa dos 70%, a distribuidora de soluções tecnológicas ConnectoWay não ficou parada e inicia 2022 com um novo parceiro, a Skylane, um dos principais players de transceptores ópticos. Com essa aquisição, a empresa passa a fornecer todos os equipamentos de redes e se credencia para ter um papel importante na implantação das redes 5G.
“Nós vamos somar nossa capilaridade e capacidade de financiamento com os produtos de qualidade reconhecida da Skylane”, afirma o diretor Operacional da ConnectoWay, Igor Campos. “A demanda por GBIC vai aumentar substancialmente com o 5G, para uso em data centers”, afirma.
Segundo Campos, a parceria foi possível porque a Skylane, empresa belga, foi adquirida por um conglomerado norte-americano, que mostrou interesse no mercado latino-americano, especialmente no Brasil. “Foi nesse momento que voltamos a conversar no final do ano passado e fechar a parceria”, disse. A fabricante acabou de lançar um transceptor com a capacidade de passar até 400 Giga, único no mercado.
Além do 5G, os transceptores ópticos são essenciais para o aumento da capacidade das redes dos ISPs. Para atender a esse mercado, a empresa pretende criar combos com switches e o GBIC necessário para ativar esse equipamento, que poderão ser vendidos com financiamento da própria distribuidora.
As possibilidades de um faturamento significativo com o novo produto são reais. Hoje, a ConnectoWay é um dos maiores distribuidores da tecnologia GPON da Huawei, outro parceiro da empresa. “Nenhum outro distribuidor está financiando as vendas com recursos próprios, como estamos fazendo”, disse Campos.
– O maior investimento que o ISP faz hoje é no GPON, ou seja, sua expansão; no seu backbone, no DWDM ou switch e o transceptor vem a reboque. O que a ConnectoWay oferece a ele é uma estrutura financeira para arcar com o que mais pesa na rede dele. E com isso, ele poderá usar o seu recurso de caixa para, por exemplo, adquirir outros provedores”, afirma o diretor operacional.
XGPON em calibração
A ConnectoWay está testando a rede XGPON e XSGPON em alguns clientes, tecnologia que quase se compara ao 5G, para ver como se enquadra no planejamento deles. Porém, o custo ainda é muito alta, em torno de 400% em relação ao GPON e os vendors estão calibrando os preços. “Há uma busca de adequação nesse mercado”, disse Campos.
Para o diretor, esse é uma situação normal de mercado, que logo será ajustada. Isso porque, redes fixas para competir com o 5G precisam dessa nova tecnologia.