Por Luiz Henrique Barbosa*
Recentemente foi anunciada pela B3, a bolsa do Brasil, a compra da Neurotech, empresa pernambucana especializada em desenvolver sistemas e soluções de inteligência artificial para avaliação de crédito, riscos e seguros. A operação chamou a atenção pelo valor da negociação: R$ 1,14 bilhão. O montante é a soma do valor da aquisição, de R$ 569 milhões, e inclui um aporte de R$ 50 milhões ao capital social da Neurotech, além do pagamento de R$ 523 milhões, no futuro, caso as metas de desempenho sejam alcançadas.
A negociação da Neurotech deixa o mercado de tecnologia animado. Mas tudo isso tem por trás um investimento pesado em infraestrutura, tecnologia, conectividade, mão de obra qualificada e associativismo. São empresas que formam hubs e clusters.
A base para o desenvolvimento de empresas é a infraestrutura das telecomunicações. A oferta de conectividade efetiva, com empresas locais, faz parte desse ecossistema de tecnologia. A garantia da transmissão de dados de maneira eficiente e segura contribui de maneira essencial para a criação dessa cadeia. É um ambiente que só tende a crescer, pois várias empresas de telecomunicações estão expandindo seus negócios para oferta de serviços como nuvem e cibersegurança. Um braço não segue sem o outro no mundo dos negócios digitais.
A TelComp (Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas) acredita e reverbera que investimentos em políticas públicas são o caminho para o desenvolvimento de mercados cada vez mais capacitados e geradores de emprego e renda. O fomento a clusters são fundamentais para alavancar negócios no setor. Na nossa visão, empresas de pequeno e médio portes são capazes de alavancar empregos qualificados, gerando mais renda para a população.
A venda da Neurotech para a B3 mostra ao mercado que o desenvolvimento de ações planejadas, estratégicas e consolidadas resulta em oportunidade de negócios. Tudo tendo como base a infraestrutura de telecomunicações e conectividade.
O negócio da TelComp é agregar e reunir forças dentro do mercado de telecomunicações. As empresas de telecomunicações têm percebido que a oferta pura e simples de conectividade não é mais suficiente para ter um diferencial no mercado. É cada vez mais comum nossas associadas somarem aos seus portfólios soluções como computação em nuvem e cibersegurança.
Os investimentos em tecnologia trazem novas oportunidades de acordos e novos mercados. A cada dia, o mundo está mais dependente de operações tecnológicas cotidianas para gerar tarefas, demandas, comunicações e, consequentemente, negócios. Investimentos em verticais de tecnologia dentro das empresas dos mais diversos ramos deixou de ser algo do futuro para se tornar necessidade.
*Presidente executivo da TelComp