Empresas competitivas, grandes concentradoras do mercado de ISPs vão continuar comprando em 2023, mas em bases diferentes. Foi o recado dado pela Alloha, Vero Internet, Brasil TecPar, Americanet e Desktop, na webinar promovida pelo IT Investimentos.
O diretor Jurídico para M&A da Vero Internet, Flávio Rossini, afirmou que a empresa ainda pode anunciar a compra de mais provedores ainda este ano e, no próximo, pode encontrar algum negócio em São Paulo e na região Centro-Oeste. “Nós estamos em Minas e nos estados do Sul, nada mais natural do que entrar no mercado paulista”, disse.
Rossini disse que o crescimento orgânico está cada vez mais difícil, não é visto mais um ‘oceano azul’ para fibrar. Além do mais, observa que as grandes operadoras estão cada vez mais entrando em novas cidades, o que acirra a competição.
A Vero fez 17 aquisições e adicionou à sua base 85 mil usuários. Além das concentrações, a empresa tem se valido de redes neutras para ampliar sua atuação, com contratos com a V.tal e Fibrasil. “As redes neutras devem ser usadas de forma complementar, devido o desafio à rentabilidade”, disse.
O executivo reforçou a necessidade de regularização dos ISPs que queiram ser consolidados. “Aquele que estiver com postes regularizados, tiver passado por uma auditoria obviamente está na frente”, disse.
Qualidade
O diretor da Alloha Fibra e responsável pelas ações de M&A do grupo, Guilherme Pessini, prevê para 2023 um misto de crescimento orgânico e inorgânico. Mas adverte que o objetivo não á unicamente somar assinantes a sua base sem analisar a qualidade do contrato e o nível de inadimplência.
O diretor da Desktop, Bruno Leão, também concorda com o uso de critério para consolidar. Este ano, a empresa seguiu um plano mais conservador, com duas aquisições e outra engatilhada. Mas admite que em 2023 há perspectiva de sair do estado de São Paulo, sempre em operações adjacentes.
O CEO da Brasil TecPar, Gustavo Stock, vê o mercado de ISP em vaporação e prevê que a valuation dos provedores se adapte às novas regras do mercado. “Nosso grupo chegou entre as 10 maiores competitivas em carreira solo, sem um fundo de investimentos por trás”, disse.
O diretor da Americanet, Thales Ramalho, disse que como o grupo tem um fundo que apoia o crescimento, manterá as ações de M&A. Até agora, foram 24 aquisições em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. Ele ressalta que as próximas aquisições devem fazer sentido. “O empreendedor precisa ter em mente a competitividade que há nesse negócio”, completou.
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