Como gerenciar fusões e aquisições no setor de telecom?


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Crédito: FreepikPor Juliana Najara

O setor de telecom tem conquistado cada vez mais protagonismo. Tal fato ficou ainda mais evidente com a pandemia, onde vimos um aumento expressivo das negociações para fusões e aquisições de empresas provedoras da internet. Por sua vez, mais do que investir em uma área com alto potencial de desempenho, é preciso estar atento aos importantes aspectos que garantem o sucesso após essas operações.

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De acordo com uma pesquisa divulgada pela consultoria KPMG, no primeiro semestre de 2021, o setor de telecomunicações foi responsável por 77 das 224 fusões e aquisições feitas entre empresas brasileiras. O estudo também mostrou que houve um crescimento de 14% de assinantes de banda larga fixa, sendo o destaque final para os acessos com a tecnologia de fibra óptica, que chegaram a 26 milhões no final do ano passado.

Todos esses apontamentos configuram o momento promissor que o segmento telco tem vivido, marcado pelo aumento de vendas e aquisições. Afinal, diversas empresas expandiram suas operações, registrando acelerados índices de crescimento, já que se trata de uma área com altíssima rentabilidade comparada a outros investimentos.

Embora seja estratégico investir em fusões e aquisições, a fim de evitar os avanços da concorrência, é importante chamar atenção para aquilo que deve ser observado durante esse processo. Isso porque, mesmo sendo essa uma área bastante relacionada com a tecnologia, ainda presenciamos a carência da profissionalização por parte dos gestores, que por terem um conhecimento altamente técnico, acabam deixando de lado a aplicação de melhores práticas gerenciais.

Assim, é fundamental enfatizar que um dos pontos-chaves para o fechamento das parcerias é, antes de tudo, analisar todos os aspectos que envolvem as questões fiscais, financeiras, contábeis e gerenciais. Sim, falar isso pode até parecer um pouco óbvio, mas, na realidade, essa atividade pode ser considerada, para muitas organizações, algo bastante complexo.

Outro ponto que deve ser priorizado durante a fusão é a ação de unificar as culturas organizacionais. Precisamos ressaltar que cada companhia tem estabelecida a sua metodologia, deste modo, ao unir duas empresas, é importante definir como será o compliance, através de uma análise aprofundada da execução dos processos, que uma vez definidos, evitarão empecilhos nessa jornada.

Todos esses critérios, além de aumentar as chances de sucesso das atividades, também são refletidos em resultados promissores para o cliente final. Além disso, permitem enxergar com antecedência onde estão as carências gerencias e procurar por alternativas que solucionem tais obstáculos.  E, partindo da premissa que avaliar esses pontos são tarefas burocráticas, e que exigem um alto teor de precisão dos dados e registros levantados, contar com um sistema de gestão é fundamental.

Afinal, investir nesse tipo de ferramenta, além de garantir maior confiabilidade e precisão das análises, também auxilia a identificar melhores oportunidades de mercado com base em informações consolidadas na plataforma. Além disso, o software é eficaz para agregar melhores práticas gerenciais, envolvendo e capacitando a equipe como um todo para realizar as operações e gerando análises precisas de faturamento, custeio, perfil do cliente, entre outros pontos.

Considerando o momento promissor do setor de telecomunicações, onde diversas companhias têm segmentado o seu campo de atuação especificamente, precisamos ressaltar que a chegada do 5G também reforça a necessidade de adequação dos processos, já que a rede detém uma ampla capacidade tecnológica de atingir diversos pontos em um alto nível de agilidade.

Contudo, é válido ressaltar que essa é uma área que contempla muitas empresas pequenas, o que expande ainda mais as oportunidades de crescimento. Por sua vez, antes de dar um passo tão importante, é preciso investir em análises que indiquem qual é o melhor momento de investir. Até porque, mais do que adquirir, o foco sempre será o de expandir as operações.


*Juliana Najara é gerente de produtos da G2 Tecnologia, consultoria especializada em SAP Business One.

 

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