Além do engajamento com a hashtag da campanha, o TikTok propiciou a realização de três lives com especialistas que debateram o tema da desinformação sobre a COVID-19 e seus impactos na sociedade e somaram cerca de 460 mil visualizações na plataforma.
A jornalista Cristina Tardáguila, diretora adjunta da International Fact-Checking Network e fundadora da Agência Lupa, e Roberta Caldo, assessora de comunicação da ONU Brasil, abriram a programação apresentando o tópico Por que checar notícias? A importância do fact-checking. Na conversa, Cristina trouxe um dado importante sobre o avanço da falta de informação a respeito do coronavírus: “A IFCN mantém, desde o dia 24 de janeiro de 2020, uma aliança com 99 organizações de checagem, que estão trabalhando em 77 países. São instituições de 43 idiomas e 16 fusos horários diferentes colaborando entre si para trocar conteúdo checado. De lá para cá, já foram verificadas mais de 9 mil peças desinformativas no mundo só sobre COVID. É um número cavalar”.
Cristina acrescentou que a desinformação prolifera onde não há informação: “No caso da COVID-19, vemos ondas sucessivas no mundo de tipos de informações diferentes. A IFCN já rastreou nove ondas diferentes, justamente porque temos muito pouco conhecimento do que é COVID-19”
Débora Noal, psicóloga e pesquisadora em saúde mental na COVID-19 pela FIOCRUZ, discutiu Como a desinformação afeta nosso bem-estar mental. Segundo ela, quem consegue se formar e se informar com qualidade está no caminho da estabilidade emocional em meio à pandemia. “A chave é a informação que você passa de forma tranquila e segura. É uma coisa simples, qualquer pessoa pode fazer desde que esteja bem intencionada e saiba quais são as bases de dados das informações e que elas, de fato, estão ancoradas em evidências. Não é qualquer tipo de informação, é aquela que já foi identificada, comprovada, verificada”, recomendou.
Kimberly Mann, diretora do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC RIO), e Katia Brembatti, diretora da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), encerraram a programação com um papo sobre Infodemia e pandemia: a conexão entre desinformação e COVID-19. Durante a transmissão, Kimberly Mann ressaltou o impacto negativo da desinformação: “As consequências são graves, pode custar vidas. As pessoas têm que compreender como se proteger, o que é o perigo e lembrar que existe perigo. Desde que a pandemia começou, existe um discurso de ódio que pode ser alimentado pela desinformação. Ela age nas nossas fraquezas, medos e preconceitos. Por isso, o mais importante é parar, pensar, antes de compartilhar. Sempre se questionar quem escreveu essa informação, para que compartilhar essa informação, quando foi publicada e por que devo compartilhar isso”.
A campanha também contou com um desafio oficial proposto pelo influenciador Apollo Costa (@apollo), que foi visto mais de 1,1 milhão de vezes no perfil da ONU Brasil. A página das Nações Unidas teve um aumento de 400% em sua base de seguidores: de 8,6 mil para 35,2 mil.
Muitos criadores de conteúdo do TikTok se engajaram no desafio e criaram seus próprios vídeos, como @simollima (267,2 mil seguidores), @brunoalbino (120,9 mil seguidores), @gabrielanobreb (237,4 mil seguidores), @drew_lancelot (232,6 mil seguidores), @iversoniorio (209 mil seguidores), @sanzythoo (163,4 mil seguidores), entre outros.(Com assessoria de imprensa)