Civilidade online tem queda na AL durante a pandemia, aponta estudo


Adolescentes e adultos da América Latina disseram que a civilidade online piorou, pontuada por um aumento na disseminação de informações falsas e enganosas durante a pandemia global de COVID-19, resultados de um novo programa de pesquisa da Microsoft. Enquanto isso, os entrevistados da região Ásia-Pacífico (APAC) relataram um aumento na civilidade online e interações digitais mais respeitosas. 

Quase um terço (31%) dos entrevistados de nove regiões da APAC disse que a civilidade online melhorou no cenário da pandemia, onde precisam ficar em casa, um aumento de 5 pontos percentuais em comparação com a leitura mundial de 26%. Um total de 32 geografias foram incluídas no estudo deste ano, realizado em abril e maio. Em outras regiões, os participantes da América Latina, Europa Central e Oriental e o grupo dos países da América do Norte e Europa Ocidental disseram que a civilidade online melhorou em porcentagens menores: 30%, 17% e 20%, respectivamente. 

PUBLICIDADE

Enquanto isso, na América Latina, 31% disse que a civilidade online diminuiu durante a crise, superando a leitura mundial de 22% em 9 pontos percentuais. A APAC, Europa Central e Oriental e o bloco combinado da América do Norte e Europa Ocidental registraram porcentagens de “piora” de 22%, 28% e 17%. Better: Melhor; Worse: Pior; Unchanged: Não mudou. 

Em todo o mundo (52%) e regionalmente, a maioria dos entrevistados afirmou que a civilidade online não foi alterada pela COVID-19. As porcentagens regionais “inalteradas” são divididas da seguinte forma: 

  • APAC: 47% 
  • Europa Central e Oriental: 55% 
  • América Latina: 39% 
  • América do Norte e Europa Ocidental: 63% 

No geral, os resultados mostram que, apesar dos relatos anedóticos de declínio da civilidade online durante a COVID-19, o cenário global é mais heterogêneo. 

Pesquisa

As conclusões são do estudo mais recente, Civilidade, Segurança e Interação Online – 2020, que entrevistou adolescentes de 13 a 17 anos e adultos de 18 a 74 anos sobre sua exposição a 21 riscos online diferentes em quatro categorias: comportamental; sexual; reputação; e pessoal/intrusivo. Esta pesquisa baseia-se em estudos semelhantes sobre civilidade digital que a Microsoft conduziu em cada um dos últimos quatro anos, quando menos países foram incluídos. 

Um total de 16.051 indivíduos participou da pesquisa deste ano e a Microsoft entrevistou mais de 58.000 pessoas sobre esses tópicos desde o início deste trabalho. Os resultados completos, incluindo o lançamento do mais recente Índice de Civilidade Digital da Microsoft (DCI), serão disponibilizados no Dia Internacional da Internet Segura em 9 de fevereiro de 2121. O DCI é uma medida do tom e teor das interações online, conforme relatado pelos consumidores em todos os países pesquisados. No ano passado, o índice ficou no nível mais baixo desde o início da pesquisa, indicando um alto nível de incivilidade online percebida. 

Dos 26% dos participantes globais que pensaram que a civilidade online melhorou em abril e maio durante a COVID-19, as pessoas ajudando outras pessoas e a sensação de “estamos todos juntos nisso” foram as principais razões por trás de suas respostas. Mais de dois terços (67%) disseram que viram pessoas ajudando outras pessoas e 60% disseram que tinham um senso maior de “estamos juntos nisso”. Enquanto isso, na APAC, quase três quartos dos participantes positivos (70%) viram pessoas ajudando outras pessoas, e a segunda resposta mais bem avaliada foi a de que as pessoas eram mais encorajadoras umas às outras (66%). Outras respostas positivas na região da APAC incluíram um maior senso de comunidade, as pessoas se unindo para lidar com a crise e se reconectando online com familiares e amigos. 

Na América Latina (70%) e globalmente (67%), um “aumento da disseminação de informações falsas ou enganosas” foi a principal razão apontada por aqueles que pensavam que a civilidade online havia fracassado durante a pandemia. Outras respostas destacadas de “piora” na América Latina incluem “pessoas descontando suas frustrações online” e “pessoas sendo menos tolerantes”. (Confira nossa ficha técnica sobre como ajudar os jovens a identificar informações erradas e discursos de ódio e leia sobre o que a Microsoft está fazendo para combater a desinformação da COVID-19 de maneira mais ampla.) 

  • Reputação – “Doxing” (prática virtual de pesquisar e de transmitir dados privados sobre um indivíduo ou organização) e danos à reputação pessoal ou profissional. 
  • Comportamental – Ser tratado mal; ser “trolado” (vítima de brincadeiras), sofrer assédio online ou bullying; ser vítima de diálogo de ódio e micro agressões. 
  • Sexual – Enviar ou receber mensagens sexuais indesejadas e fazer solicitações sexuais; recebendo atenção sexual indesejada e ser vítima de abuso sexual ou pornografia não consensual (também conhecido como “pornô de vingança”) 
  • Pessoal/intrusivo – Ser alvo de contato indesejado, sofrer discriminação, golpe, misoginia, exposição a conteúdo/recrutamento extremista ou ser vítima de trotes, fraudes.(Com assessoria de imprensa) 
Previous ISPs devem investir em inteligência nas vendas para sobreviver em cenário mais competitivo
Next Oi opta pela oferta da Highline, controlada pelo fundo norte-americano Digital Colony

No Comment

Leave a reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *