A Abrint, entidade que reúne pequenos provedores de banda larga de todo o Brasil, estima que as chuvas que atingem o Sul do país impactaram negativamente pelo menos 500 deles. Segundo a entidade, estes provedores são responsáveis por 1,6 milhão de acessos, mas os que foram diretamente comprometidos somam 600 mil.
“91% dessas operadoras são empresas de pequeno porte que agora enfrentam desafios significativos para restabelecer serviços essenciais de comunicação. Estas empresas são cruciais para a infraestrutura de telecomunicações nas áreas afetadas. Elas desempenham um papel fundamental na manutenção da conectividade e suporte às comunidades locais”, observa a Abrint.
Comunicação precária
Segundo a entidade, grupos de profissionais desses provedores no WhatsApp, rotineiramente ativos, estão em silêncio há dias. Além disso, os representantes não conseguem entrar em contato com parte dos provedores atingidos. Isso os impede de traçar um cenário fiel sobre o que de fato tem se passado.
“No momento, iniciativas urgentes são necessárias para apoiar a reestruturação das redes danificadas. Contatos com o Ministério das Comunicações já estão em andamento para discutir formas de incentivo que possam auxiliar estas empresas na recuperação rápida de suas operações. Além disso, é imperativo que os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), recém anunciados, sejam direcionados de forma eficaz para auxiliar esses provedores menores, que são os mais afetados pelo desastre e são vitais para a recuperação das regiões atingidas”, defende a associação.
Dos contatos que estão sendo possíveis, sobram relatos sobre o nível da água e vídeos de como as chuvas afetaram a infraestrutura. Há casos de veículos das equipes de campo que ficaram totalmente submersos. Além de racks de equipamentos instalados no telhado da loja para manter o serviço, cabos de energia sendo passados por cima de casas até geradores localizados em áreas secas.
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