O ChatGPT, lançado como um protótipo de Inteligência Artificial aberto ao público, segue impressionando muita gente. Esse modelo de Inteligência Artificial Conversacional, criado pela OpenAI, permanece como o tema quente do momento devido à complexidade das respostas que produz, pela forma conversacional de organização do texto que entrega e por sua praticidade – a ponto de impactar a rotina das empresas, a forma como as pessoas trabalham, como os estudantes aprendem e todos nós, no nosso dia a dia, pesquisamos.
Sem dúvidas, algo que encanta e, ao mesmo tempo, surpreende, porque estamos falando de uma possibilidade de interação e de produção de conteúdo que soa realisticamente humana. Eu entendo o “pé atrás” por parte de algumas pessoas, porque tudo o que é desconhecido causa estranheza, por isso, sempre recomendo conhecer, explorar e fazer do ChatGPT um aliado. Pois isso é o que está transformando o nosso presente e antecipando o que muitos acreditavam ser o futuro – um mundo cada vez mais automatizado.
Não estou exagerando. Há poucos anos, os gadgets conectados à Internet eram coisas inimagináveis, e, hoje, não vivemos sem. Então, partindo do princípio, o ChatGPT nada mais é do que a junção dos chatbots ao GPT3.5, sendo que essas duas tecnologias são o resultado de melhorias significativas e aprimoradas ao longo dos últimos cinco anos. Indo um pouquinho além, nessa combinação os chatbots entram com uma interação, digamos, conversacional (e, aparentemente, inteligente), enquanto o GPT3.5 produz resultados que entendem a pergunta, o conteúdo e o contexto. Bem simples, não?
Para quem trabalha com inovação e com soluções de automatização de processos, como é o meu caso, o ChatGPT é um “prato cheio”. Porque ele nos permite turbinar nossas aplicações, com a possibilidade de fornecer uma interação com os Clientes baseada em uma curadoria das fontes de informação. Integrar o ChatGPT às soluções de comunicação e de atendimento ao Cliente é, sem dúvidas, uma alternativa segura para atender ao consumidor que deseja atendimento personalizado e sem tempo de espera. E, com a ferramenta, podemos coletar e analisar informações de conversas, gerando históricos e insights valiosos. Com a recente possibilidade de integrar o ChatGPT a diferentes aplicativos em breve (já que o API do chatbot foi disponibilizado pela OpenAI para desenvolvedores na semana passada), poderemos integrar as funções de bate-papo e respostas em texto do ChatGPT em diversas plataformas, de diferentes jeitos – atualmente, alguns aplicativos já usam o recurso de modo experimental, como é o caso do Snapchat.
Antes, a tecnologia era muito aplicada em processamento, ou seja, para ganho de performance em cálculos, dados e produtividade colaborativa, automações… Nós, humanos, éramos os criativos, os que programavam, e cabia à tecnologia executar o que era esperado. Agora, ela também tem o dom criativo, nos devolvendo o que não foi programado, mas, ensinado. O fato é que não só o ChatGPT, mas todas as inteligências artificiais ainda irão evoluir muito, e esse desenvolvimento acontecerá por meio da interação com os humanos. Vislumbrando um prognóstico positivo, estamos diante de um cenário que se desenha em parceria pelos humanos e as inteligências artificiais, no qual o pensamento original ainda será humano, mas que, aos poucos, há de se tornar mais elaborado e complexo à medida que for apoiado pela IA. Esse será o futuro da automação, em seus mais variados contextos, inclusive no atendimento a Clientes, que são cada vez mais digitais. Eu acredito no potencial do ChatGPT para nos guiar em direção a um universo de oportunidades.
* Vice-presidente digital hypeone