Esta é a primeira legislatura com desmembramento da CCT. A área de comunicação ficou em um colegiado específico. A separação ocorreu para abarcar mais partidos nas presidências.
Questionada sobre qual será a dinâmica de distribuição de projetos entre as comissões recém-desmembradas, a deputada afirmou que os ajustes ainda estão sendo definidos, mas que a atuação entre os dois colegiados, CCT e Comunicação, deve ser “correlata”.
“Temas que passarão por aqui [na CCT] passarão também lá e a gente vai precisar ter essa interface de muito diálogo com a Comissão de Comunicação também”, afirmou.
A parlamentar também destacou que sua presidência é “muito simbólica, pois vai demonstrar o compromisso da Casa sobre a participação das mulheres na ciência”.
Quem é Luiza Canziani
Canziani, que está em seu segundo mandato, tem formação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Londrina e mestrado em Administração Pública pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).
Na última legislatura, foi a deputada mais jovem a estar à frente da Comissão de Defesa da Mulher e compôs a CCT. Ela também fez parte do Grupo de Trabalho (GT) que acompanhou a Implantação da Tecnologia 5G no Brasil, que terminou com uma série de recomendações para o Executivo.
Durante sua atuação na área de C&T, Canziani já manifestou posicionamento em algumas pautas prioritárias para o setor de telecom e radiodifusão. Em projeto de lei sobre a regulação do streaming, por exemplo, assinou emenda para blindar microempreendedores individuais e as provedoras de aplicação de internet.
Em projeto de lei de sua autoria, a nova presidente da CCT da Câmara altera a Lei do Bem para permitir que o excedente do percentual dos dispêndios com pesquisa tecnológica excluído do lucro líquido das empresas possa ser aproveitado em exercícios subsequentes.
Canziani foi uma das parlamentares que apoiou a eleição de Jair Bolsonaro em 2018, mas enfrentou divergências com o governo durante o mandato do ex-presidente.