Cade aprova compra da Sygo pela Unifique sem restrições


Crédito: Divulgação
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A compra do controle total da Sygo pela Unifique foi aprovada sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). De acordo com o órgão antitruste, a integração vertical entre os serviços de internet banda larga e serviços de data center, não seria preocupante, uma vez que suas participações de mercado em ambos os segmentos são baixas. Assim, a operação não possui o condão de fechar os mercados desses dois serviços no Rio Grande do Sul, onde a Sygo atua.

O anúncio da compra da Sygo foi feito em março. O provedor atua em 65 cidades gaúchas desde 2007 e conta hoje com cerca de 88 mil assinantes, sendo a maioria (88%) atendida por fibra óptica. A malha de fibra ótica total possui aproximadamente 7,2 mil km. A rede backbone possui 5 mil km e atravessa 120 municípios gaúchos. O ISP foi comprado por R$ 134,5 milhões.

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O parecer da Superintendência-Geral do Cade mostra que, apesar de não ser a atividade principal das duas empresas, a estimativa de faturamento com serviços de data centers, em conjunto, chega a R$ 4,8 bilhões. Em relação ao mercado de serviços de telefonia digital, via VoIP, as empresas informaram que apesar de não terem identificado fontes ou dados públicos atualizados sobre a dimensão total desse mercado; afirmaram que, em dados de 2014, o mercado total de serviços VoIP, no Brasil, totalizaria um faturamento de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Com relação a sobreposição horizontal em 12 municípios do Rio Grande do Sul, em Cachoeira do Sul, Canoas, Gravataí, Ijuí, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Maria, Santiago, São Leopoldo e Sapucaia do Sul  não resultaria em risco concorrencial. “Por todo o exposto, considerando que as estimativas de market share conjunto das empresas em todos os mercados horizontalmente e verticalmente relacionados, bem como as informações e análises apresentadas, conclui-se que a operação não acarreta prejuízos ao ambiente concorrencial, enquadrando-se nas hipóteses de procedimento sumário”, sustenta a SG.

A operação, no entanto, depende ainda da aprovação pela Anatel.

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