Segundo PH os investimentos feitos até agora pelo banco foram sempre com esse norte, de ser um ambiente neutro. “Afinal, se a gente não fizer isso é porque o investimento fracassou”, disse. Ele lembrou que o que vai para V.Tal são todos os ativos de fibra, do backbone nacional até os backhaul, as redes metropolitanas, de acesso e com isso é possível conflito de canal com o seu cliente. “Tudo que a V.Tal vende passa pela sua própria infraestrutura, sem depender da Oi para qualquer elo dessa entrega”, disse.
Fragoso afirmou que o BTG tem um plano de Capex bastante arrojado para os próximos anos, uma marca de R$ 30 bilhões e com isso pretende até “commotizar” no bom sentido a fibra. “A gente quer disponibilizar rede e possibilitar que o provedor possa escalar cada vez mais rápido e o real valor agregado vai ser o produto, a oferta”, disse.
O executivo disse que a decisão de fazer um Capex precisa de premissas bem arrojadas, desde ocupação de rede, que muitas vezes vai ser mais simples se criar os processos certos, a governança certa para você crescer por meio de uma infraestrutura diferente, com baixo risco de execução. “A rede da V.Tal será uma infraestrutura white label, a prova de futuro, 1Gbps está aí na esquina e tem muito provedor construindo rede assim, e vale ressaltar o óbvio: se a gente não criar esse ambiente 100% neutro, desde infraestrutura, sistemas, comitês de neutralidade, vai ser um péssimo investimento e a gente não gostaria de rasgar esses R$ 40 bilhões ao longo dos próximos cinco anos”, disse.
Fragoso disse que o BTG está apostando na transformação do setor, numa ambição de colocar o Brasil no rol dos países com melhor infraestrutura do mundo e está apostando que o grande diferencial desses operadores vai ser o serviço e eles vão mudar o modus operandi. “O provedor vai ganhar o benefício de escala e vai superar o risco de ter um retorno adequado ao Capex”, disse.
-A V.Tal vai ser uma parceira, quer estar disponível para todos e vai apoiar o desenvolvimento dos provedores e com uma infraestrutura nacional que permite o provedor ir para onde quiser, vai ser um diferencial no mercado, que a gente está apostando bastante”, concluiu.