O presidente da Brisanet, João Roberto Nogueira, afirmou, nesta terça-feira, 11, que a interiorização do 5G caberá ao prestador de pequeno porte, que há oito anos vem construindo dezenas de milhares de quilômetros de backbone e centenas de milhares de quilômetros de fibras urbanas. “Essa infraestrutura, que está sendo financiada pela banda larga, vai suportar a nova tecnologia nas pequenas e médias cidades e na zona rural¨, disse.
Segundo Nogueira, o Brasil tem uma área territorial muito grande, onde 90% dos serviços de telecom estão concentrados em 300 e poucas cidades. Então tem mais de cinco mil cidades com 10% dos recursos de telecom. Para ele, o grande desafio é como interiorizar o 5G nesse cenário econômico de pouca atratividade.
“Com esse cenário de backbone e backhaul instalados, em quatro a cinco anos as PPPs poderão levar o 5G como complemento da banda larga e outras tecnologias para o agronegócio, que fatura mais de R$ 1 trilhão e para os 11 milhões de domicílios da área rural. Caso isso não aconteça, a fixação do homem no campo fica comprometida e pode se reduzir a cinco milhões de casas em poucos anos.
“O que precisamos fazer é um modelo completo de negócio para esse cenário”, completou o presidente da Brisanet. Para ele, o grande trabalho de levar a conectividade para as cidades médias e pequenas já foi feito pelos ISPs.
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