Segundo a operadora, os investimentos em 5G serão elevados, inclusive para os grandes grupos. No Nordeste, afirma, após 7 anos da licitação, 25% dos municípios não têm 4G. As metas de cobertura priorizam o atendimento das cidades com maior população, ficando as menores sem a tecnologia no médio prazo. “Neste período, o espectro fica detido sem uso por terceiros. Assim, é premente a adoção de mecanismo eficaz, estabelecido no edital, que permita o uso (com garantias) do espectro nos municípios sem metas ou interesse mercadológico”, sugere.
De acordo com o ISP, o 5G, por utilizar bandas mais altas, demandará mais ERBS para cobertura que precisam estar conectadas à fibra que, no interior, são providas por prestadoras regionais/PPPs. “Estatisticamente, o Brasil tem 310 cidades com mais de 100 mil habitantes (56% da população e 9% da área). O desafio de chegar nos demais municípios é gigantesco e a estratégia para alcançar êxito passa por criar condições para que as PPP potencializem o atendimento”, sustenta.
A Brisanet lembra que as PPPs têm levado fibra até a residência nas cidades menores, o que pareceria inviável há 20 anos (a telefonia não teve sucesso semelhante). A empresa argumenta que a oferta de um grupo de lotes regionalizados no 5G garantiria o sucesso da estratégia. “Este seria um mecanismo mínimo para possibilitar para a entrada de novos agentes, notadamente, daqueles que já realizam o atendimento em áreas que podem ser melhor exploradas em benefício direto da população”, completou.