A porta de entrada do ransowmare WannaCrypt, apelidado de WannaCry, foram as versões XP e Server 2003 do Windows. Exatamente por isso a Microsoft veio a público para dizer que o vírus foi criado a partir de uma versão de software desenvolvida pela Agência de Segurança Nacional (NSA). Foi o que bastou para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, responsabilizar o governo norte-americano pelo ataque.
Ainda não se sabe o tamanho exato desse ataque em massa. O diretor da Europol contabilizava, dia 12, mais de 200 mil vítimas em 150 países. Mas os números podem ser bem maiores e ninguém se atreve a fazer uma estimativa. Hoje sabe-se que no Japão já foram afetados mais de 2 mil computadores e que a Nissan Motor teve sistemas comprometidos, tal como a Renault.
No Brasil
De acordo com a organização Avast, o Brasil tem 17,56% dos dispositivos vulneráveis ao ransomware WannaCry, com 2.114 detecções constatadas, apesar de a empresa de segurança não revelar em quais verticais. A Rússia foi o país mais atingido, com 20,84% de dispositivos vulneráveis e 113.692 worms detectados. O segundo país mais vulnerável é a Indonésia, com 20,49%, embora com apenas 394 detecções comprovadas.
Diferentes fontes já calculavam quanto os hackers teriam arrecadado com a proliferação desse vírus, o que não chegou a passar de 50 mil libras esterlinas, porque ainda há pouco conhecimento global sobre a moeda com que os criminosos querem ser pagos, os bitcoins.
Embora essa moeda virtual seja a preferia pelos hackers por não ter nacionalidade, e não poder ser fiscalizada, agências de vigilância europeias avisam que já é possível rastrear a bitcoin. No Brasil, o Banco Central não aceita esse moeda, mas existe um caixa automático para trocá-la por reais, em São Paulo (SP). (Com agências e assessorias de imprensa)
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