Relatório “2020 Cybersecurity Insights”, divulgado pela NSFOCUS, no ano passado mostra que o Brasil passou a ocupar a nona posição entre os países que mais realizaram ataques hackers no mundo, lista liderada pela China, com os Estados Unidos em segundo lugar. No ano anterior, o país não figurava entre os 15 primeiros. Ainda segundo a empresa, 55% desses ataques são voltados para o próprio país.
Já entre as nações que mais receberam ataques distribuídos de negação de serviço (DDos), ou seja, aqueles que sobrecarregam um servidor ou computador fazendo com que o sistema fique indisponível, o Brasil subiu três posições no ranking, ocupando a sexta colocação. No mesmo ano, esse tipo de ataque afetou, principalmente, órgãos governamentais e e-commerces, o que se mantém em 2021, com o acréscimo das instituições financeiras, que se tornaram grandes alvos.
Outro destaque do relatório fica por conta da inundação de e-mails de phishing com informações sobre a pandemia pelo coronavírus, o que contribuiu muito para a disseminação de ransomware. Um exemplo foi o Maze, novo vírus que chamou atenção por seu amplo impacto e aprimoramento. Usado principalmente para atacar empresas e indústrias, a principal diferença entre ele e os ransomware convencionais é que seu desenvolvedor tende a adicionar métodos inovadores em novas versões, além de criar mensagens de texto provocativas, o que contraria a ideia de que este tipo de ameaça fica à espreita, aguardando a chance de atacar.
Para André Mello, vice-presidente da NSFOCUS na América Latina, empresa voltada para coibir os ciberataques,“o mercado do cibercrime está crescendo em progressão geométrica nos últimos anos devido também ao aumento de equipamentos potencialmente vulneráveis conectados à internet (IoT), a sofisticação das técnicas de ataques e o barateamento de recursos computacionais para geração de ofensivas. Tudo isso sem contar a pandemia, que fez explodir o número de ameaças”.
No Brasil, as operações da NSFOCUS cresceram 30% de 2019 a 2020, o que se deve principalmente à alta escalada de ataques sofridos no país, com destaque para o serviço de cloud híbrido, que alavancou 70% das vendas no ano passado. Por conta da alta contínua de ciberataques nos últimos meses, a expectativa da empresa é dobrar seu crescimento até o final de 2021.(Com assessoria de imprensa)
Brasil ocupa 9ª posição de ataques hackers no mundo
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