Brasil ocupa 7º lugar entre países mais atacados por ransomwares


Brasil ocupa 7º lugar entre países mais atacados por ransomwares
Brasil é o 7º país mais atacado por ransomwares | Foto: rawpixel.com
Brasil ocupa 7º lugar entre países mais atacados por ransomwares
Brasil é o 7º país mais atacado por ransomwares | Foto: rawpixel.com

A ISH Tecnologia emitiu relatório que compila dados extensivos sobre incidentes de ransomwares que impactaram setores críticos no primeiro semestre de 2024 pelo mundo. Além disso, a empresa mapeou e destacou as vulnerabilidades mais exploradas por cibercriminosos nessa mesma época.

As vulnerabilidades desse ano incluem falhas severas em sistemas operacionais amplamente utilizados, como softwares de infraestrutura e aplicações da web. Estes erros possibilitam a execução de códigos remotos e ataques de negação de serviço (DDoS), que representam uma ameaça direta aos servidores de grandes companhias. Diante desse cenário, se faz necessário o estudo e implementação de políticas a fim de preservar a segurança digital do negócio frente a atores de ameaças e suas constantes mutações.

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Informações coletadas pela pesquisa

A ISH obteve acesso a dados estatísticos associados às atividades de ransomwares mais presentes no cenário digital mundial nesse período. Dentre as relevantes informações coletadas destacam-se:

  • Países das organizações anunciadas pelos grupos de ransomwares: o time de Threat Intelligence da companhia divulgou informações a respeito dos principais países e organizações reveladas por cibercriminosos que utilizam malwares para disseminar práticas maliciosas.
País Porcentagem de Ataques
Estados Unidos 63%
Reino Unido 7,1%
Canadá 6,1%
Alemanha 4,8%
França 3,9%
Itália 3,9%
Brasil 3,1%
Espanha 3%
Índia 3%
Austrália 2,1%

A partir da tabela, nota-se que os Estados Unidos lideram as estatísticas no quesito: organizações vítimas de ataques. Por outro lado, o Brasil ocupa a sétima colocação, nesse ranking, em relação a organizações anunciadas pelos cibercriminosos.

  • Principais grupos do primeiro semestre: os grupos de ransomwares Lockbit, Ransomhun, Play, 8base e Black Basta foram identificados como top ofensores nesse período.

Os pesquisadores da empresa revelam que houve uma crescente de ataques durante o decorrer dos meses, do período analisado. De acordo com eles, aconteceu um grande declínio em abril, e um retorno significativo em maio. Em comparação com o primeiro semestre de 2023, a equipe observou um aumento de 24,02% em relação a valores totais.

Brasil ocupa 7º lugar entre países mais atacados por ransomwares
Gráfico apresenta a evolução ao longo do 1º semestre de 2024 | Foto: Divulgação

A queda em 2024 pode estar relacionada aos problemas enfrentados com as forças da lei pelas operações de ransomware LockBit e ALPHV. Em relação aos meses específicos, foi possível verificar que em janeiro houve um aumento de 123,46%, enquanto em março ocorreu uma diminuição de 5,79% em comparação ao mesmo período de 2023.

Operações

A empresa expôs alguns acontecimentos e operações realizadas direcionadas a esses grupos mal-intencionados.

  • Lockbit: Em fevereiro de 2024, esse ator de ameaças teve seu site de vazamento de dados (DLS) apreendido, após uma operação policial, denominada de “Cronos”, ter sido bem-sucedida.

Além disso, a operação reuniu diversos países ao redor do mundo e resultou em uma apreensão de carteiras de moedas virtuais. Consequentemente, houve uma paralisação das atividades maliciosas do grupo por um período determinado e um impacto significativo na reputação pela qual o grupo LockBit prezava. O proprietário do grupo ainda teve sua identidade revelada pelas autoridades policiais.

  • Ransomhub: Ainda em fevereiro de 2024, outro grupo emergiu e passou a aterrorizar a comunidade digital e diversas organizações mundiais. Uma curiosidade é que esse agente malicioso poderia ter ligação com outra organização antiga cibercriminosa conhecida como Alphv. Eles, supostamente, desapareceram do cenário da internet após receberem uma alta quantia em dinheiro e sumirem com os valores.

A equipe de Inteligência de Ameaças da ISH Tecnologia, responsável por coletar e mapear as informações sobre as principais vulnerabilidades exploradas no primeiro semestre do ano, também classificou as falhas de acordo com a gravidade e detalhou as operações de invasão/exploração. (Com assessoria de imprensa)

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