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BNDES vai turbinar garantia para programa emergencial de crédito

O  presidente do BNDES, Gustavo Montezano, divulgará nesta semana um novo produto garantidor para turbinar o Peac (Programa Emergencial de Acesso ao Crédito), destinado a oferecer empréstimo de capital de giro a micro, pequenas e médias empresas que faturam por ano entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões. Serão beneficiadas inclusive empresas sem garantias reais.

A novidade foi anunciada durante webinar promovida hoje, 5, pelo MCTIC com o tema “Financiamento para pequenas empresas e médias empresas de telecom”. “O BNDES já possui o FGI [Fundo Garantidor de Investimentos]. Só que agora ele vai ser turbinado para poder tentar atuar com mais força neste momento de crise”, afirmou o chefe do Departamento de Clientes e Relações Institucionais, Tiago Peroba.

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Segundo o executivo, o novo produto garantidor visa reduzir a aversão de risco por parte do agente financeiro na hora de conceder esse crédito, principalmente neste momento de crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.

“Aumentou a aversão a risco. Estão pedindo mais garantias. Queremos inclusive ajudar as empresas que não têm garantia real e fortalecer o processo de negociação”, afirmou Peroba, ao responder perguntas dos internautas sobre as dificuldades de o dinheiro dos programas de socorro financeiro anunciados pelo governo em tempos de pandemia não chegarem na ponta.

MP do crédito

Nesta  semana, relatou o expositor do BNDES, a medida provisória (MP) 975/2020 deu o pontapé inicial para melhorar oa acesso ao crédito pelas empresas. A MP instituiu o Programa Emergencial de Acesso a Crédito, que permite um acréscimo de R$ 20 bilhões de recursos da União ao Fundo Garantidor para Investimentos (FGI). “O BNDES já possui o FGI. Só que agora ele vai ser turbinado para poder tentar atuar com mais força neste momento de crise”.

O valor destinado ao FGI irá cobrir as operações de crédito das pequenas e médias empresas, por meio de instituições financeiras que aderirem ao projeto. O documento define “pequenas e médias empresas” como aquelas obtiveram receita bruta superior a R$ 360.000 e igual ou inferior a R$ 300 milhões em 2019. As regras específicas serão divulgadas nos próximos dias. ” A utilização dos recursos será livre, portanto, as empresas beneficiadas poderão reforçar o seu capital de giro”, informa o site do BNDES.

Esta linha de crédito visa resolver a dificuldade das empresas em acessar capital de terceiros. “Quando a gente coloca o produto à disposição para ele ser utilizado pela rede de agentes financeiros credenciados, muitas das vezes os bancos não possuem interesse. Se ele buscar um banco que não esteja disponibilizando esse produto, obviamente ele vai colocar todas as dificuldades possíveis”, avaliou.

Medidas emergenciais

O webinar apresentou as medidas emergenciais lançadas nos últimos meses, de caráter temporário, que tentam atenuar as dificuldades enfrentadas principalmente pelas micro e pequenas empresas. Desde 23/03/2020, mais de 9 mil empresários foram aprovados no financiamento, conforme dados apresentados pelo executivo do BNDES.

Além  do Peac, Peroba citou o Programa Emergencial de Suspensão de Pagamentos, que permitiu financiar a suspensão da cobrança de pagamentos por seis meses. De março pra cá, cerca de 9,4 bilhões de reais continuaram no caixa das empresas.

Já o Programa Emergencial de Suporte a Empregos auxilia no pagamento do salário dos funcionários, com prazo de financiamento de 36 meses com 6 meses de carência. Enquanto o Crédito Pequenas Empresas é um empréstimo que visa a manutenção de empregos, cobrindo o capital de giro. Com prazo de cinco anos e dois anos de carência.

As informações sobre os programas estão disponíveis no site do BNDES na área do Canal MPME – Solicite seu financiamento. (Por Abnor Gondim)

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