Ao participar do Painel Telebrasil nesta terça, 28, o presidente do banco, Gustavo Montezano, afirmou que sua equipe trabalha em uma matriz de risco diferenciada para permitir o lançamento de novas formas de fomento.
Ele afirmou que a ideia é criar produtos de crédito “nonrecourse” e “recourse” para lidar justamente com o risco aumentado do empréstimo. A modalidade de financiamento nonrecourse permite o financiamento sem colocar em risco os ativos do devedor. Já o modelo recourse prevê a tomada de ativos caso a empresa não consiga atender os compromissos.
“O importante para o BNDES é que diversifique ferramentas [de financiamento e fomento]. Tanto com o Finame, nosso tradicional produto, quanto com a atuação em debêntures e FIDCs. Mas tão importante quanto as ferramentas é o banco aumentar seu apetite ao risco de crédito. O banco hoje tem uma capacidade de absorção de risco que talvez nenhuma outra instituição no Brasil tenha. Seja pela capitalização, quanto pelo conhecimento setorial”, afirmou.
Cálculos do BNDES mencionados por Montezano apontam que a cada R$ 100 milhões liberados para provedores regionais, de 300 a 400 mil acessos de banda larga são acrescentados à rede nacional. “É muita coisa. Então é função do BNDES ter apetite de risco maior nesses setores com impacto social e desenvolvimento territorial tão grande”, resumiu.