Com o aumento do volume de transações durante a Black Friday, a necessidade de mais cibersegurança se intensifica. Varejistas de médio e grande porte buscam soluções para proteger suas plataformas e os consumidores contra golpes. O principal desafio enfrentado por esses negócios tem sido o crescimento de fraudes que visam tanto os lojistas, quanto seus clientes, especialmente com a proliferação de sites falsos e chamadas fraudulentas que imitam lojas conhecidas.
Um dos golpes mais praticado no período este ano deve ser ainda o da falsa central de atendimento, onde golpistas se passam por funcionários de bancos ou lojas para obter dados financeiros dos clientes. Rui Vasconcelos, diretor de segurança da DMA, explica como esse tipo de fraude se intensifica em períodos como a Black Friday. “Os golpistas agem com mais força ainda, sendo fundamental que as empresas protejam seus clientes de forma eficaz”. A estratégia mais comum envolve mensagens e ligações fraudulentas, enviadas via SMS ou aplicativos de mensagens, oferecendo promoções falsas para induzir os consumidores a clicarem em links maliciosos.
Outro golpe que se destaca são os sites falsos, que imitam páginas legítimas de e-commerce para capturar dados de cartões de crédito. “As principais ameaças incluem falsas centrais, mensagens e ligações fraudulentas, e páginas que imitam lojas famosas”, detalha Vasconcelos. Esses ataques, cada vez mais sofisticados, forçam as empresas a adotarem soluções de segurança mais robustas e proativas.
Nesse sentido, Roberto Aran, diretor de Portfolio na Zenvia, reforça a importância da escalabilidade de sistemas para lidar com picos de demanda e evitar vulnerabilidades. “Uma arquitetura robusta garante alta disponibilidade e performance, assegurando uma experiência ágil e segura, mesmo em cenários de grande sobrecarga”.
Prevenção e educação
A adoção de soluções de cibersegurança por varejistas é essencial para mitigar esses riscos, principalmente em eventos de alto volume de compras. Vasconcelos destaca a importância de identificar e bloquear atividades suspeitas. “Utilizamos inteligência artificial e machine learning para identificar padrões, comportamentos e perfis de números telefônicos suspeitos que possam indicar fraudes”, diz.
Aran acrescenta que a automação do atendimento e a personalização dos fluxos de comunicação são ferramentas fundamentais para lidar com o aumento da demanda e proteger as empresas contra ameaças digitais, proporcionando uma experiência mais ágil e segura. “A união de bots com ferramentas de análise preditiva, campanhas multicanais e geração de insights cria operações mais inteligentes. A integração permite segmentação precisa e automação de fluxos que maximizam conversões e fidelizam consumidores, gerando um ciclo contínuo de crescimento”.
Por fim, além das tecnologias avançadas, educar tanto empresas quanto consumidores tem sido um fator crítico para a prevenção de fraudes. De acordo com Vasconcelos, “quando uma chamada fraudulenta é interceptada, é apresentado ao cliente um menu visual com orientações sobre os cuidados necessários para evitar golpes”. Essa abordagem contribui para reduzir o impacto das fraudes e aumentar a conscientização sobre segurança cibernética.
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