O plano é atualizado todos os anos e o documento atual apresenta um panorama das telecomunicações no Brasil, com dados do último trimestre de 2020. De acordo com o Pert, em 2021 são 4.403 municípios com backhaul de fibra óptica e a previsão é de que essa quantidade chegue a 4.883 em 2023.
O Brasil registrou, em 2020, 36,0 milhões de acessos ativos na banda larga fixa e densidade de 51 acessos por 100 domicílios. Em relação à penetração da banda larga fixa, calculada por meio da divisão dos acessos por população (e não por domicílio), o Brasil encontra-se acima da média mundial (17% ante 15,2%), mas ainda distante de países desenvolvidos (33,6%)
O estado de Santa Catarina apresenta a maior densidade, com 76,4 acessos para cada 100 domicílios e Alagoas o estado com a menor densidade de banda larga fixa, de 17,4 acessos por 100 domicílios.
Em 2020, pela primeira vez o número de acessos de SCM superou os de STFC, o que indica o cada vez menor uso de telefonia fixa e o aumento expressivo dos acessos fixos à Internet, com a popularização do trabalho remoto e dos serviços online.
A principal tecnologia fixa de acesso à banda larga em 2020 passou a ser a de fibra óptica (46,5% dos acessos). Os acessos por meio de fibra cresceram significativamente nos últimos anos, tornando-se rapidamente a principal tecnologia no fornecimento de banda larga fixa.
Na banda larga fixa, o número de conexões comercializadas com velocidade acima de 34 Mbps cresceu 64% entre os anos de 2018 e 2019 e mais 58% entre os anos de 2019 e 2020, tomando o lugar de contratos com menor velocidade de acesso.
A média da velocidade contratada do serviço de banda larga fixa, de acordo com dados da Anatel, alcançou 76,6 Mbps em 2020. Ressalta-se que tais dados correspondem à quantidade de acessos ativos em cada pacote de velocidade vendido pelas empresas e não a real velocidade trafegada.
Mesmo a média nacional sendo na ordem de 76,6 Mbps, ao se analisar os municípios com média abaixo de 5 Mbps e que já possuem backhaul de fibra óptica (portanto, teoricamente, poderiam oferecer velocidades médias mais elevadas), verifica-se vários municípios com baixas velocidades, principalmente nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul.