Borges mencionou não apenas as prefeituras, mas em algumas situações o Ministério Público como organismos importantes para essa relação de compliance na busca para entender e satisfazer clientes. Ele citou como exemplo casos como postes energizados, propensos a provocar incidentes às vezes graves.
“É decisivo ouvir as prefeituras, pois por meio delas têm-se como medir a satisfação da sociedade. Até porque existem aquelas situações de manifestações públicas sobre a qualidade dos serviços”, aconselhou o gestor da Anatel.
De modo geral, Silva Neto e outros palestrantes afirmaram que em telecom é muito importante debater com agentes públicos e privados a fim de encontrar melhores soluções para demandas como preços e infraestrutura.
Um desvio empresarial no setor fica por conta de provedores que provocam competições espúrias de agentes, em razão de não respeitam especificações técnicas, o que ocasiona insatisfação dos usuários e mau uso das redes. Nessas situações, o protagonismo das prefeituras ganha maior relevância.
Apesar dessas considerações, painelistas como Arcanjo W. P. Mendonça, sócio e administrador da Turbomais Network, disseram que vem se consolidando uma tendência entre os provedores de não se considerarem inimigos, mas parceiros. Essa lógica é salutar e propicia redução de custos em razão do compartilhamento de redes.
Desorganização dos grandes
Arcanjo Mendonça, sócio administrador da Turbomais Networks, afirmou que os pequenos provedores de internet são mais organizados na utilização da infraestrutura aérea, enquanto as grandes empresas são responsáveis pela maior parte da desorganização dos postes.
“Além de atender os nossos clientes, estamos fazendo um serviço voluntário de remover alguns cabos que oferecem risco quando é possível, porém, não podemos atuar sem uma segurança jurídica”, disse.
Por Ailane Silva