De acordo com a pesquisa Women in Technology, menos de 20% dos cargos em áreas de tecnologia no Brasil são ocupados por mulheres. Mas essa realidade é bem diferente na AMcom, companhia brasileira especializada em soluções digitais, onde esse número, considerando principalmente os cargos de liderança, chega a 33%. Além disso, na AMcom, as mulheres representam 28% do quadro de colaboradores.
À frente do time, é claro, uma mulher: Andréia Rengel é a CEO da AMcom. A executiva atua na companhia desde que ela era uma empresa de pequeno porte, com apenas 20 funcionários.
“Eu comecei minha trajetória na AMcom como vendedora dos serviços, lá em 2007. Desde então, desenvolvi minha carreira já pensando em atuar como líder em um setor tão desafiador como é o da TI. É muito satisfatório olhar ao redor e ver que as mulheres têm alcançado cada vez mais espaço na atuação estratégica e na liderança de empresas. Aprendo diariamente com as mulheres que me cercam e elas também me inspiram a fazer o meu melhor sempre, em tudo o que realizo. Porém, ainda há muito terreno a ser explorado para nos aproximarmos da igualdade de gênero nos cargos mais importantes das organizações”, diz.
Além de Andréia, a AMcom tem mais 120 mulheres no time, 19 delas ocupando um cargo de liderança. E quanto mais mulheres no alto escalão das companhias, melhor. É o que diz o relatório TheReady-Now Leaders da Ong Conference Board que mostra que as empresas com pelo menos 30% de mulheres em cargos de liderança têm 12 vezes mais chance de ter melhor desempenho financeiro em relação àquelas com menor percentual.
A pesquisa Leadership Circle Profile, que mede “competências criativas” e “tendências reativas” na liderança, mostra que as mulheres têm maior capacidade de se conectar e se relacionar com outras pessoas e seus relacionamentos são mais autênticos. Além disso, elas têm uma mentalidade de inclusão mais presente, liderando com o objetivo de “jogar para que todos ganhem”.
“A diversidade de vozes orientando os colaboradores torna o ambiente de trabalho mais criativo e inclusivo, o que impacta na entrega final deles e em um ambiente mais agradável para todos trabalharem. Mesmo que a mulher não seja a líder da organização, ela tem mais segurança para se expressar e se impor perante seus colegas, contribuindo com ideias diferentes e, muitas vezes, mais efetivas”, diz Aline Sborz, gerente de Controladoria Operacional.
Para Andréia, o aumento do número de mulheres em cargos de liderança, que em 2021 era de 31% e atualmente chega aos 35%, de acordo com a consultoria Grant Thornton, é mérito do esforço que elas têm feito para conquistar essas posições.
“Considero extremamente importante valorizar todas as mulheres que fazem parte do time, independente do cargo. Com oportunidades para desenvolvimento e crescimento, elas podem conquistar a liderança de equipe em diversos âmbitos estratégicos e operacionais do nosso negócio. E uma das principais funções de uma líder é inspirar outras mulheres e mostrar o caminho para o sucesso umas das outras. Nós, mulheres CEOs, estamos sendo referências para que outras mulheres saibam o quanto é possível ser executiva e conciliar outras demandas pessoais”, diz Andréia.
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