A Alloha Fibra, dona da marca Giga+, registrou um lucro líquido de R$ 17,8 milhões nos primeiros seis meses de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 4,3 milhões do mesmo período de 2023 – resultado este que vem da integração total da empresa.
No ano passado, a companhia juntou os diversos provedores de sua origem sob a mesma marca, mesmo sistema e rede, o que otimizou custos e trouxe ganhos de escala, explicou Fernando Stucchi, responsável por finanças, auditoria & compliance e supply chain da empresa, ao Tele.Síntese e ao PontoISP.
O lucro líquido do segundo trimestre foi de R$ 9,4 milhões. A receita operacional líquida alcançou R$ 830,4 milhões, representando um crescimento de 4% em relação ao primeiro semestre do ano passado.
A margem EBITDA do semestre ficou em 46%, representando um incremento de 2 p.p. em comparação com o mesmo período de 2023, resultado das sinergias operacionais e financeiras do processo de integração.
“A companhia, nos últimos 12 meses, passou por um processo de incorporação e integração muito forte. Teve integração societária, sistêmica e de marca. Terminamos o ano como Giga+, com plataforma sistêmica sob uma única gestão. E com esse avanço, a companhia começa a colher os frutos”, observa Stucchi.
No primeiro semestre de 2024, a Alloha Fibra também obteve a aprovação do financiamento de R$ 148 milhões junto ao BNDES para expandir a rede de acesso à internet banda larga fixa em 18 municípios do Maranhão e em 9 cidades do Pará, agregando mais de 300 mil novos domicílios à cobertura própria.
Além disso, revelou hoje, 14, que obteve acesso a uma linha de crédito de até R$ 50,9 milhões junto à Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), visando apoiar o desenvolvimento da infraestrutura da empresa e dos desenvolvimentos tecnológicos. Esse dinheiro, diz Stucchi, será canalizado para aperfeiçoamento do aplicativo e relação com os consumidores.
Também encerrou, com sucesso, a emissão de R$ 550 milhões em debêntures, dinheiro destinado à implantação de rede de transporte, rede de acesso e infraestrutura para rede de telecomunicações.
No período, a Alloha Fibra obteve junto à CVM o registro como emissora de valores mobiliários na categoria “A”. O executivo diz, porém, que a busca pelo título teve como finalidade qualificar a governança da empresa. Não existe, por ora, nenhum plano de abertura de capital.
O que há, porém, é interesse em voltar às compras. O CFO comenta que a Alloha Fibra está com alavancagem de 2,9x o EBITDA anual, com tendência de queda no segundo semestre em função de já ter concluído o processo de integração. Assim, receita, lucro e EBITDA serão mais generosos, haverá mais liquidez, abrindo-se a janela para novas aquisições em regiões adjacentes.
A empresa terminou o semestre em terceiro lugar no mercado de banda larga fixa, com 1,6 milhão de assinantes.