A principal reivindicação é de manutenção do valor de referência, ou até de tabelamento, mesmo que regionalizado, do aluguel da infraestrutura passiva. “Se sair [o preço], a tendência é de que os acordos entre as distribuidoras e provedores regionais fiquem inviáveis”, afirmou o presidente do conselho de administração da entidade, Breno Vale.
De acordo com Vale, há uma tendência de a Aneel de priorizar os contratos com maior densidade de postes, o que não beneficia os pequenos prestadores. “Isso seria bem desigual”, afirmou.
BNDES
No evento, outro ponto que atraiu a atenção dos muitos provedores regionais participantes, foi a linha de financiamento BNDES 10, lançada pelo banco de desenvolvimento recentemente. O valor desses empréstimos subiu de R$ 1 milhão para R$ 10 milhões e passou a permitir que os tomadores utilizassem o FGI, o fundo garantidor do próprio banco para viabilizar a operação.
Segundo Vale, esse tema gerou muita repercussão e várias empresas já apresentaram propostas para se candidatar à linha, visando a expansão de suas redes.
Mais fornecedores
Vale disse que o evento deste ano apresentou crescimento de 30% em relação ao de 2018. Foram mais de 200 expositores e mais de oito mil visitantes. Além disso, se no ano passado houve mais fornecedores para redes via rádio, este ano, 95% deles apresentaram seus produtos para redes de fibras ópticas, o que comprovou a evolução dos provedores regionais.
Outra novidade, foi o crescimento de empresas que fornecem fibras ópticas.
Também foi constatada o aumento de novas empresas ou de empresas já estabelecidas que ampliaram seus portfolios destinados aos ISPs, avalia o presidente do conselho de administração da Abrint. “É mais uma prova do fortalecimento dos provedores regionais”, disse.
Breno Vale disse que não só o número de empresas aumentou, assim como o faturamento dos fornecedores, mesmo em um ano de muitas dificuldades na economia brasileira. “Todos foram unanimes em afirmar de que nesse nosso mercado não há crise”, concluiu.