Para Neger, trata-se de uma oportunidade de posicionamento de marca ou de desenvolvimento de negócios para os provedores. “Essa faixa de frequência não é exclusividade das operadoras móveis; ela está acessível a qualquer provedor que tenha licença de comunicação multimídia”, destacou.
Segundo ele, as aplicações para velocidades maiores ainda não estão bem definidas, mas em pouco tempo elas começarão a se disseminar rapidamente. “Estima-se que as casas terão cerca de 50 equipamentos conectados à internet. A conectividade será provida pelo roteador, baseado na fibra ótica que chega nas casas. E o WiFi E6 será a tecnologia habilitadora desses dispositivos”, afirma.
O mesmo vale para projetos mais complexos, como automação em indústrias. “Faz muito mais sentido fazer isso a partir do WiFi E6 do que depender de uma rede externa, na qual você não tem controle. Ou seja, em ambientes controlados, como casas, empresas e indústrias, a tendência é que o WiFi E6 predomine”, disse.
Segundo o presidenta da Abranet, as técnicas de modulação do WiFi E6 possibilitam o desenvolvimento de projetos inimagináveis até pouco tempo. Um exemplo é o projeto para a arena MRV, em Belo Horizonte (MG), previsto para ser o estádio de futebol com a maior capacidade de banda larga do país. “Imagine milhares de torcedores acessando simultaneamente internet e transmitindo vídeos em alta definição. É uma equação dificílima de se resolver. Um bom projeto, associado às técnicas de modulação que o Wi-Fi E6 utiliza, é o que dá vida a esse tipo de projeto.”
A tendência, segundo Neger, é o usuário não ficar mais preso às redes móveis. Na prática, tanto o 5G quanto o Wi-Fi 6E irão coexistir. O 5G para ambientes externos, o WiFi 6E para ambientes internos. “Isso possibilitará o alcance do que se chama da internet ubíqua. O usuário terá internet com altíssimo desempenho, sem se dar conta de onde ela vem. É como acender a luz. Você não sabe hoje se a energia vem de Itaipu ou de uma termoelétrica. O que importa é que tem energia.”(Com assessoria de imprensa)