Para convencer a UFMG da importância do projeto – na verdade, os equipamentos serão bancados pelo NIC-br, braço executivo do Comitê Gestor de Internet, como em todo o projeto de Open CDN -, já que ela tem que garantir espaço e infraestrutura para instalação, a Abramulti argumento que o tráfego dos estados nordestinos, Goiás e Espírito Santo, que se conecta em Minas Gerais pela sua posição geográfica e backbones, pode deixar de ser desviado para Rio e São Paulo para acessar os principais conteúdos, e ter Belo Horizonte como rota de destino. O que vai elevar o status de Minas como ponto de troca de tráfego e beneficiar os ISPs do estado. Além da melhoria de qualidade para o usuário final, o Open CDN significa redução de custos para o provedores, que deve se refletir em uma política de preços mais agressiva para o usuário final de banda larga.
Com esse discurso e muitos números, a Abramuti espera sensibilizar a reitoria da UFMG, que deve apresentar sua posição até o final de março ou meados de abril. De acordo com a proposta apresentada pela entidade, para instalar o Open CDN será construída uma nova estrutura de tubulação para interligar o PTT/RNP no prédio do ICEX, a UFMG, e dado um duto para a UFMG. Os ativos necessários para a instalação do datacenter serão doados pelo NIC.br e o material para a obra civil de mão de obra ficarão a cargo da Abramulti.
O NIC.br começou a operar o programa de Open CDN no ano passado. O primeiro foi em Salvador, na Bahia. Pelo modelo montado, a instituição (normalmente uma universidade onde já funciona o PTT) fornece o espaço físico, o NIC.br doa os equipamentos para o datacenter, a instalação é custeada pela entidade de provedores, e o custo do tráfego é dividido entre os participantes.