O ano de 2023 será do WiFi 6E, que garante aos provedores regionais acesso a tecnologia sem fio, com semelhanças ao 5G, sem necessidade de autorização ou de participação em leilão. A afirmação é do presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), Eduardo Neger, que participou, nesta terça-feira, 6, de debate sobra a faixa de 26 GHz.
Para Neger, as ondas milimétricas ainda devem demorar mais um pouco para serem uma realidade no Brasil, seja pelos custos dos equipamentos, seja pela falta de identificação de modelos de negócios. Ele acredita que essa faixa pode ser usada para compartilhamento de infraestrutura, deixando o debate sobre postes, que é do século passado, para trás, mas ainda é um movimento incipiente no país.
Neger afirma que muitos ISPs já estão investindo na nova tecnologia wireless, ainda mais com a possibilidade de uso outdoor, como está em consulta na Anatel. “Investir no WiFi 6E contribui para o posicionamento da marca do provedor e para a possibilidade de novos negócios”, disse.
O superintendente de Outorgas e Recursos à Prestação, Vinicius Caram, por sua vez, acredita na evolução do FWA ainda este ano, até por meio de parcerias entre grandes operadoras, que adquiriram blocos da faixa de 26 GHz, e ISPs. Mas reconhece que a implantação do WiFi 6E está facilitada pelos equipamentos homologados ou em fase de certificação.
Segundo Caram, atualmente foram aprovados 15 celulares, 22 transceptores e sete roteadores com a tecnologia WiFi 6E.
O debate ocorreu durante a 2ª edição do Tech Forum Latam, promovido pela Network Eventos.
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