Grandes prestadoras regionais apostam em mais investimentos para conquistar mercados


Salvador, 27 – Os grandes provedores regionais apostam em investimentos em rede como estratégia de negócios para os próximos anos. É o caso da Aloo Telecom, que já dispõe de 29 mil km de fibra óptica que atende a 14 estados do Nordeste e Sudeste, e que projeta a construção de infraestrutura na região Norte.

Recentemente, a operadora concluiu a rede de Salvador, com 2,4 Tbps, com capacidade de entrega no dia seguinte, afirmou o presidente da operadora, Felipe Cansanção (foto). A empresa está presente em 28 datacenters, tem 80 Pops de alta capacidade com nove saídas de backbone.

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Segundo Cansanção, não fosse o empreendedorismo dos ISPs o Brasil hoje estaria no abismo. “Ainda existem buracos negros sem fibra óptica, o que garante a permanência dessas empresas no mercado”, disse. Cansanção participou, nesta sexta-feira, 27, do INOVATic Nordeste & ISP Business.

A Mob Telecom, no mercado há 23 anos, também aposta na expansão da rede, que já soma 20 mil km. A conselheira da empresa, Daniele Bayde, informou a implantação de novas rotas a partir de Fortaleza, outras de Salvador, além de trechos em Pernambuco e Goiânia.

O foco da Mob é o varejo. Por essa razão já abriu 18 lojas, no entendimento de que os clientes preferem o atendimento preferencial. A empresa tem 35 mil assinantes diretos e 300 indiretos e atende em todos estados do Nordeste, Rio, São Paulo e Goiânia.

O diretor da Werilink, Vanderson Santana, questiona a necessidade de investimentos em redes de transportes, uma vez que há sobreposição de infraestrutura. Para ele, os debates devem migrar para a camada de serviços mais complexos, para atender às demandas da sociedade.

O diretor da Core3 Tecnologia, Carlos André Oliveira, aposta em gestão e regularização para crescer de forma sustentável. O ISP de Feira de Santana (BA), soma 14 mil clientes em sete anos de funcionamento, com rede de mil km de fibra óptica. “Nossa meta é chegar a 30 mil clientes em 2022”, afirmou.

O CEO da ITS Brasil, Daniel Landim, também defende a regularização das empresas para manter a credibilidade no mercado. Com 15 anos de existência, a empresa atende só a clientes corporativos e é reconhecida pela busca da excelência. “Nós já regularizamos o uso de 44 mil postes na Bahia”, disse.

Segundo Landim, a dificuldade dos provedores regionais é a busca de investimentos para serem competitivos, já que formam um mercado de capital intensivo. “Precisamos crescer sem perder o contato com o cliente, já que esse é o diferencial competitivo dos ISPs”, afirmou.

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